Milei chama oposição de ‘criminosa’ por votar contra ‘Lei Ônibus’

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Javier Milei é o atual presidente da Argentina
Reprodução: Flickr

Javier Milei é o atual presidente da Argentina

Presidente da Argentina , Javier Milei sofreu um duro golpe, na última terça-feira (6), ao ver a “Lei Ônibus” , sua principal aposta para uma mudança econômica no país, sofrer um retrocesso na Câmara dos Deputados . Irritado com a escolha de alguns parlamentares, o mandatário argentino chamou a oposição de “criminosa” durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (7).

“É um dia bastante interessante para falar sobre a Argentina, porque ontem, na sessão da Câmara dos Deputados, a casta política, como chamamos esse grupo de criminosos que querem uma Argentina pior porque não estão dispostos a abrir mão de seus privilégios, começou a rasgar nossa lei em pedaços”, disse o presidente da Argentina.

Milei ainda afirmou que os deputados que votaram contra o pacote de reformas são “traidores” do eleitorado argentino e “lobos em pele de cordeiro”. Em tom furioso, o líder argentino também fez críticas específicas aos parlamentares de esquerda. “Os progressistas de esquerda multiplicam a quantidade de pessoas pobres no país. É como o rei Midas, mas ao contrário: o rei Midas transformava em ouro tudo o que tocava, tudo o que um esquerdista toca se transforma em pobreza”, afirmou.

Entrave

Na semana passada, o pacote de medidas, chamado de “Lei Ônibus”, foi aprovado por deputados argentinos . Os parlamentares, porém, precisaram votar item por item do projeto nesta terça-feira e, no fim, acabaram devolvendo o texto para sua fase inicial.

Durante a votação individual dos mais de 380 artigos, um entrave relacionado às privatizações ocorreu, resultando na perda de efeito do texto-base que havia sido aprovado na semana anterior. Enquanto isso, Milei encontra-se em Israel, em viagem internacional que incluirá visitas à Itália e ao Vaticano

A Lei Ônibus

Principal bandeira de Milei nas eleições, o megaprojeto centraliza o poder no Executivo, modifica os impostos e altera diversas outras regras, como a de privatizações de empresas estatais.

Polêmica, a proposta sofreu resistência da população, que promoveu uma série de manifestações na capital argentina. Por conta da impopularidade, o governo fez algumas concessões e também retirou alguns trechos do projeto – o partido de Milei, vale lembrar, é minoria no Congresso.

O megaprojeto está divido em dez áreas: declaração de emergência pública; desregulamentação da economia; privatizações de empresas públicas; alterações tributárias; regimes de lavagem de dinheiro não declarados; segurança; defesa; saúde; justiça; e educação.

Fonte: Internacional

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