A ministra da Defesa da Espanha , Margarita Robles , classificou a ofensiva de Israel na Faixa de Gaza de um “verdadeiro genocídio”. A declaração aconteceu neste sábado (25), em entrevista à televisão pública TVE. Até a publicação desta matéria, o governo israelense não havia se pronunciado.
A declaração aumenta a tensão entre os países. Na última quarta-feira, em um movimento coordenado, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram que vão reconhecer o Estado palestino como um membro soberano da comunidade internacional a partir desta terça-feira (28) . Em resposta, Israel convocou embaixadores dos três países para consulta.
Na entrevista deste sábado, a ministra espanhola garantiu que o movimento não é um ataque Israel, ressaltando que foi feito para ajudar a “acabar com a violência em Gaza”. “Isto não é contra ninguém, isto não é contra o Estado israelense, isto não é contra os israelenses, que são pessoas que respeitamos”, pontuou Robles.
“Genocídio”
A ministra da Espanha não é a primeira a falar que Israel comete um “genocídio” contra a população palestina. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , por exemplo, entrou em rota de colisão com o governo israelense após uma declaração semelhante. Gustavo Petro (Colômbia) e outros líderes também já fizeram a mesma acusação.
Saldo da guerra
De acordo com as autoridades de saúde de Gaza, a operação israelense já matou 36 mil palestinos, sendo a maioria mulheres e crianças. Nos últimos dias, Israel passou a bombardear Rafah, cidade situada ao Sul de Gaza e que está concentrando a maior parte da população neste momento.
Os ataques foram condenados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Na segunda-feira (20), inclusive, o procurador do TPI Karim Khan disse que solicitou mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra seu chefe de defesa, Yoav Gallant.
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Fonte: Internacional