Mulher é condenada a 85 anos de prisão por matar e carbonizar a própria família em SP

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Mulher é condenada a mais de 85 anos de prisão por roubar, matar e carbonizar os próprios pais e o irmão em SP
Reprodução/Arquivo pessoal

Mulher é condenada a mais de 85 anos de prisão por roubar, matar e carbonizar os próprios pais e o irmão em SP

Anaflávia Martins Gonçalves foi condenada a 85 anos, cinco meses e 23 dias de prisão por roubar, matar e carbonizar seus pais e o irmão em Santo André, na região metropolitana de São Paulo, em janeiro de 2020. As informações são do UOL.

A sentença de Anaflávia foi dada no julgamento que ocorreu nesta terça-feira (27). Outras quatro pessoas envolvidas no crime já tinham sido julgadas, condenadas e presas anteriormente.

A mulher vai cumprir pena em regime fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, roubo majorado, associação criminosa e destruição de cadáver. Ela foi condenada após a maioria dos sete jurados decidir que ela foi culpada pela morte de sua família.

O juiz Lucas Tambor Bueno deferiu a sentença com o tempo de reclusão. “A acusada tinha acesso à residência dos ofendidos, seus genitores, inclusive por meio de dispositivo para ingressar no condomínio em que residiam”, declarou o magistrado em um trecho da decisão.

As vítimas foram os empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, Flaviana de Meneses Gonçalves, de 41, além do filho mais novo do casal e irmão da acusada, Juan Victor Gonçalves, de 15.

Entenda o crime

Segundo o Ministério Público, Anaflávia atuou ao lado de quatro pessoas para roubar R$ 85 mil que estavam no cofre da casa de sua família. Os outros participantes do crime são:

  • Carina Ramos de Abreu, então namorada de Anaflávia;
  • Guilherme Ramos da Silva, amigo delas;
  • Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos, primos de Carina e vizinhos de Guilherme.

O plano inicial era o roubo. Como a quantia não foi encontrada, o grupo decidiu matar as vítimas. O casal ficaria com R$ 50 mil e o restante do valor seria usado para pagar os três homens.

Segundo a acusação feita pela promotora Manuela Schreiber Silva e Sousa, Juliano, Jonathan e Guilherme entraram armados no imóvel com a ajuda de Anaflávia e Carina.

Vídeos de câmeras de segurança flagraram o grupo na residência. Na ocasião, como apontado pela investigação, eles simularam um assalto.

No dia seguinte, os corpos de Romuyuki, Flaviana e Juan foram encontrados carbonizados dentro do carro da família, em uma área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André.

De acordo com o MP, itens como televisão, joias, perfumes e os celulares das vítimas também foram levados. Além disso, o órgão descobriu que Anaflávia e Carina pretendiam ficar com o imóvel e os carros da família, além de um seguro de vida em nome de Romoyuki.

Condenações e júri anulado

Todas as pessoas envolvidas no crime já haviam passado por julgamento. Entretanto, em 2023, o julgamento Anaflávia foi anulado pela 2ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Na decisão anterior, ela foi condenada a cumprir pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, acusada por duas das três mortes.

À época, Carina e Guilherme já tinham suas penas estabelecidas: ela foi condenada a 74 anos, sete meses e 10 dias em regime fechado, e ele foi punido com 56 anos, dois meses e 20 dias também em regime fechado.

Carina negou ter participado dos assassinatos, e disse que o envolvimento dela e da ré havia sido somente no roubo. Ela chegou a acusar os primos Juliano e Jonathan Fagundes Ramos de assassinar a família Gonçalves e explodir o veículo em que as vítimas estavam.

Já Guilherme acusou Juliano de querer matar o casal e o filho. Ele também alegou que participou diretamente do roubo, mas não dos assassinatos.

Em agosto, Juliano e Jonathan foram a júri popular. Os irmãos confessaram a participação no furto, mas alegaram que Anaflávia foi quem sugeriu o assassinato da família.

Ambos foram sentenciados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa. Juliano recebeu pena de 65 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado. Jonathan, por sua vez, foi punido com 56 anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.

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Fonte: Nacional

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