Uma mulher vítima de violência doméstica denunciou as agressões que sofria de uma forma não convencional. O caso aconteceu no último domingo (16), em Paranavaí, no noroeste do Paraná. A mulher ligou para o número de emergência da Guarda Municipal, mas fingiu que estava pedindo uma pizza, conseguindo passar o endereço da residência.
A Guarda Municipal prontamente entendeu pedido de socorro da vítima e conseguiu prender o agressor em flagrante. O agente que fez a abordagem cedeu às imagens da câmera particular que usa na farda à RPC, afiliada da Rede Globo. No vídeo, é possível ver o momento em que a equipe entra na casa encontra o homem sentado no sofá.
A vítima afirma que em outras tentativas de denunciar à polícia, o agressor sempre conseguia escapar. Entretanto, após ver um caso semelhante na televisão, decidiu tentar a abordagem não convencional.
À afiliada da Rede Globo, o agente Carlos Eduardo Silva, que participou da abordagem, afirma que a calma e sensibilidade de quem atendeu ao telefonema foi fundamental para ação. “Essa solicitante pediu uma pizza e ele explicou que era um número de emergência. Ela insistiu querendo uma pizza e ele já entendeu que era um pedido de socorro. Ele pediu que se ela estivesse sendo agredida, que ela falasse que queria uma pizza com recheio, e ela disse que queria uma pizza com muito recheio. De imediato ele enviou a equipe”.
A GM afirma que a vítima já possuia uma medida protetiva contra o agressor, mas que era sempre descumprida. “Ela explicou que ele aparece na residência dela e ela não tem força para fazer com que ele saia da residência”.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), entre janeiro e abril de 2024, o estado contabilizou 81.389 casos de violência contra a mulher. Durante o mesmo período, 24.509 casos de violência doméstica foram registrados.
A Central de Atendimento à Mulher oferece suporte, orienta sobre direitos e encaminha para outros serviços quando necessário. O atendimento está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, e pode ser acessado gratuitamente pelo telefone 180, pelo e-mail [email protected], pelo aplicativo Proteja Brasil ou pelo site da ouvidoria.
Fonte: Mulher