Envelhecer com a autoestima elevada é o segredo de Luiza Brunet que, aos 61 anos, foi escolhida pela Eudora para protagonizar uma campanha que vai além do lançamento de produtos. A ideia é celebrar a pele madura como ato de poder. A marca aposta na confiança de mulheres acima dos 40 anos ao deixarem suas peles à mostra como forma de orgulho e liberdade para o lançamento da linha La Piel Algas do Pacífico, novidade de Eudora para cuidados corporais.
Luiza Brunet atua como parceira da marca em um ensaio fotográfico que celebra a potência e o poder em querer mostrar e evidenciar a pele madura, colocando um holofote no colo e o pescoço, áreas geralmente tão negligenciadas pelas rotinas de cuidados com a pele. Em conversa com o iG Delas , a modelo falou sobre sua relação como o corpo, a idade e a beleza.
iG Delas: Como você está lidando com a questão do envelhecimento?
Luiza Brunet: Bom, eu sempre lidei com a questão do envelhecimento da maneira mais suave possível, porque envelhecer é natural, a gente começa a envelhecer a partir do momento que nasce, então, temos que tratar essa questão com muita delicadeza, sabedoria e saber que as coisas vão acontecendo de forma tranquila e natural; E a gente vai cuidando da saúde de dentro pra fora, para ter um envelhecimento digno e com saúde, com mobilidade, com a parte intelectual e com a parte cognitiva em dia; Isso é muito possível hoje em dia.”
Vivemos uma fase anti ageísmo, mas você já foi vítima desse tipo de preconceito?
Sempre! Infelizmente o Brasil ainda não aceita que a mulher envelheça naturalmente, né? Eu passei por isso ontem mesmo… Eu decidi dar uma caminhada na praia e quando voltei pra casa tem sempre um ou outro que fala: Nossa ela envelheceu…como se a gente fosse viver a juventude por tempo indeterminado, mas a gente tem que lidar com isso com muita sabedoria, né? E estamos sempre passando pela aprovação da sociedade, infelizmente.
Ser uma modelo renomada torna o envelhecimento mais complicado?
Eu acho que depende muito do tipo de vida que a gente escolhe, né? Evidentemente quando eu comecei a ser modelo aos 16 anos de idade, 17, tudo era diferente… Não tinha tanta exposição e eu aprendi muito a ser uma mulher natural, de corpo livre, cuidar sempre da minha alimentação, do exercício físico, cuidar de mim como um todo e sempre busquei ter uma autoestima lá em cima – coisa que deixa muito a gente bem. Eu sempre cuidei da minha pele, do meu corpo, para que tivesse com saúde, bem-estar e usando produtos de boa qualidade, então acho que isso me deu também uma longevidade que me agrada bastante hoje em dia.
Como é a sua rotina de cuidados com a pele?
Primeiro eu estou muito feliz de ter sido convidada agora, de ser considerada uma mulher de pele madura e plena, porque eu sou mesmo…de fazer toda essa campanha de conscientização que eu acho, da qualidade de vida, do bem estar, que é a linha Eudora La Piel – Algas do pacifico, que celebra a pele da mulher madura…que a mulher madura tem que ser realmente sempre celebrada, porque ela não tem que ter vergonha de mostrar sua pele.
O poder de mostrar a pele é muito poderoso, mostrar quem nós realmente somos na nossa pele, quantos anos a gente tem… não importa a idade no número, mas que existe ali um intrínseco na beleza da pele madura, uma série de fatores: alegria, felicidade, a questão da escolha de ser ou não mãe, de ser uma mulher independente, ser uma mulher plena…Acho que a pele mostra muito isso e com muita naturalidade quando a gente tem essa força que transmite a beleza por fora, quando você está bem por dentro, isso é tudo um combo de coisas boas que a gente transfere para a pele, porque a pele está saudável, está bonita…você está ativa, você está usando a parte intelectual, você pode fazer coisas e eu acho que é isso que vale mesmo, né, enxergar…
Eu sempre fiz skincare desde muito jovem, eu cuido da minha pele como um todo, do meu rosto, do meu pescoço, do meu colo, das partes que a gente se sente mais incomodada na maturidade você tem que começar a cuidar muito cedo. O bodycare é muito importante, a gente usar cremes no corpo inteiro…como eu sempre falo, a pele é o maior órgão.
Faz ou fez tratamentos estéticos?
Eu acho que não importa muito se a gente faz tratamento estético, ou não, porque o importante trazer aqui é amor próprio das mulheres mesmo. O amor próprio tem que estar acima de tudo, então trate a sua pele com mais cuidado e mais amor ainda, para realçar o que você tem mais de único.
Cada pessoa é diferente uma da outra e tem sua própria identidade e esse poder traz uma questão, que é a sua individualidade, como você é mesmo, e respeitar isso pra você, então o importante é você realçar o que você tem de melhor dentro que você, que é o brilho único que nós temos individualmente.
Como você enxerga a possibilidade de falar de vulnerabilidade olhando para a pele madura em uma campanha como essa?
Eu acho maravilhoso poder me expor dessa forma pra sociedade, até porque eu sempre fui uma mulher muito transparente, né? E a vulnerabilidade da idade ela, infelizmente, acompanha todo o ser humano do planeta, principalmente as mulheres tem uma questão de vulnerabilidade ali ou é nós mesmos com a nossa própria vulnerabilidade ou são as questões externas também. Então, a gente tem que entender que uma campanha como essa, ela agrega muito valor às mulheres na questão justamente da sua força, de você ser única, de você ter o seu brilho próprio, de você ter amor próprio, de você se sentir bonita mesmo na maturidade e abraças a vulnerabilidade nesse sentido.
Como é a sua relação consigo mesma e como ela mudou após os 50/60 anos?
A minha relação comigo mesma sempre foi extraordinária! Eu sempre fui uma mulher que acordei cedo me olhando no espelho me achando maravilhosa desde quando eu tinha 16 anos de idade, [risos], aliás, acho que desde quando eu era criança no Mato Grosso, já me achava bonitinha, gostava de me vestir bem, eu já tinha as cores de batons que eu gostava. Minha mãe vendia produtos de beleza e eu achava todo aquele universo muito lindo e isso se estendeu ao longo da minha vida, passando pela carreira de modelo, e essa relação se estendeu aos 30, 40, 50 e 60 e vai infinito… eu acho que é infinito… é sobre ter essa tranquilidade de passar pela idade, sem essa preocupação exagerada com a idade, então eu estou muito bem comigo mesma.
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Fonte: Mulher