Mulheres e meninas representaram 94% das vítimas dos 2.455 casos registrados de violência sexual 20 diferentes áreas de conflito ao longo de 2022. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (14) em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.
De acordo com o relatório apresentado por Pramila Patten, representante especial das Nações Unidas para Violência Sexual em Conflitos, 32% das pessoas que sofreram abusos sexuais no período se tratam de crianças.
As informações do documentos apontam que a situação mais crítica foi verificada na República Democrática do Congo, onde foram registradas 701 violações no ano passado. Patten visitou o país no mês de junho e afirmou que a situação na localidade apresenta “níveis alarmantes” de exploração sexual.
Outro país visitado pela representante da ONU foi a Ucrânia. Lá, ela afirma que ouviu histórias de abusos brutais praticados por militares da Rússia, e que ficou assustada com a vulnerabilidade de meninas e crianças.
Pramila alertou ainda para a impunidade diante dos casos de violência sexual registrados ao redor do mundo e ressaltou que, se aqueles que cometem os crimes não forem punidos, casos deste tipo continuarão a ser recorrentes.
O documento apresentado aos membros do Conselho de Segurança pede para que os países fortaleçam seviços de acolhimento aos sobreviventes, tenham uma justiça que atue de maneira sensível ao gênero e que as nações incluam em planos de paz o combate à exploração sexual.
Fonte: Internacional