Nesta segunda, dia 31 de julho, comemora-se o Dia Mundial do Orgasmo. Criada em 1999 pela rede de sex shops britânica Ann Summers, a data é reconhecida e comemorada no mundo inteiro, de diversas formas. O principal objetivo é promover a importância do prazer sexual e incentivar as pessoas a explorarem sua sexualidade de forma saudável e sem tabus.
Diante de tanta importância, vem a pergunta que não quer calar: você tem uma vida sexual ativa ou uma vida orgástica? Já se permitiu? De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a saúde sexual é um “estado de bem-estar físico, emocional, mental e social em relação à sexualidade”. Ela promove uma vida sexual satisfatória, aumenta a autoestima e a confiança, reduz o estresse e contribui para um estado geral de felicidade.
Ter uma vida sexual ativa é importante para saúde física e mental, porém é diferente ter uma vida sexual ativa do que ter uma vida sexual ativa com orgasmos, certo? “Eu falo que o sexo para o homem sempre é bom pois ele goza na maioria das vezes, mas pode ser muito melhor se o homem aprender instigar e erotizar uma mulher. A diferença entre uma vida sexual ativa com orgasmo e uma sem orgasmo pode variar para cada pessoa e relacionamento. Algumas pessoas podem sentir que o orgasmo é essencial para uma experiência sexual satisfatória, enquanto outras podem encontrar prazer e conexão emocional mesmo sem atingir o clímax”, explica Déa Jório, especialista em saúde sexual e terapeuta pélvica. Segundo ela, é necessário cultivar práticas que contribuam com o alcance do orgasmo. “Um ato sexual prazeroso não acontece em um passo de mágica. É preciso dedicar tempo, energia e criatividade”, afirma. “A vida sexual deve ocupar um lugar importante no dia a dia”, completa.
Uma das maneiras de incentivar a prática orgástica inclui o uso dos chamados brinquedos sexuais. Esse mercado está em uma crescente no Brasil e no mundo. Segundo a Statista, empresa alemã especializada em dados do consumidor, em 2021, o setor de produtos sexuais encerrou as atividades movimentando US$ 33 bilhões. Além disso, o mercado de produtos eróticos movimenta mais de 1 bilhão de reais por ano, segundo a ABEME (Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico).
Ao lado do marido, Jal, a também influencer Déa Jório comanda a empresa LUVV, uma das maiores no segmento e apresenta uma linha de brinquedos, cosméticos e outros produtos diversos para seus clientes. O casal se tornou referência em evolução sexual, já que produz vídeos que tem milhões de visualizações nas redes sociais e enfatiza a importância de ter e dar prazer, em todos os sentidos, sempre com muito respeito e principalmente, amor e informação.
“Enfrentamos diversos problemas em nosso trabalho: o primeiro é a falta de conhecimento e educação sexual das pessoas. O segundo obstáculo é o conhecimento sobre os produtos que vendemos. Nosso conteúdo não é voltado para venda de produtos, mas para orientação das pessoas sobre a utilização dos produtos. Ou seja, quando cada produto pode ser usado, para que serve, como pode ajudar em determinada situação. Então facilitamos também a utilização do instrumento que é o produto. Instrumento esse que é um meio muito valioso que muitas vezes pode ajudar as pessoas a alcançarem o fim, que é a saúde e bem-estar sexual e consequente a saúde, holisticamente falando”, detalha Jal.
Sexo tântrico
Para o terapeuta tântrico Silvio Sargentim, a conexão da energia no ato sexual vai além. “No Tantra iniciamos com o alinhamento de Chakras através da troca de energia com ativação da respiração. Daí partimos para a técnica de toques suaves pelo corpo todo, para ativação sensorial, objetivando o desbloqueio e depois estimulando onze pontos para a expansão orgástica” ressalta.
O especialista que só atende mulheres em busca da experiência comenta que a massagem que dura uma hora e quarenta e cinco minutos possibilita uma vivência, na maioria das vezes, nunca sentidas por suas clientes. “Enfatizo a cada atendimento que a energia sexual é a energia mais poderosa que o ser humano tem. Até por isso, ela gera uma vida, então é preciso cuidar dela de maneira responsável, digna e com toda importância que ela merece, principalmente, quando falamos da energia sexual feminina”.
É importante lembrar que a vida sexual é uma jornada pessoal, e o que importa é a satisfação e o conforto dos envolvidos. Comunicação aberta com o parceiro(a) e a exploração de diferentes formas de prazer podem ser úteis para enriquecer a vida sexual, independentemente da presença ou ausência do orgasmo. Ainda, de acordo com uma pesquisa realizada com quase duas mil pessoas pela Universidade de Albany, no Canadá, o beijo é a chave para a mulher chegar ao ápice quando falamos do sexo realizado entre duas pessoas.
“O beijo é fator predominante para informar se a relação terá sucesso ou não. Eu particularmente como homem me sinto do dono do mundo quando faço amor de uma forma completa intensa, nem preciso ser bem sucedido financeiramente, a sexualidade bem vivida e saudável é uma parte muito especial da vida”, comenta o influencer.
Déa concorda: “O homem precisa conhecer e respeitar o tempo de excitação da mulher, conhecer a natureza da sexualidade feminina, eu chamo esse tempo de parque de diversão, um lugar para o homem passear se divertir, sentir fortes emoções, mas pra isso, ele precisa ter controle, “o homem tem que conduzir o pênis não o pênis que tem que conduzir o homem”, finaliza.
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Fonte: Mulher