Nômade digital, ela viajou por 9 países e fatura R$ 10 mil por mês

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Júnia Piassi
Arquivo pessoal

Nômade digital, professora viajou por nove países, abriu franquia de escola de inglês e fatura R$ 10 mil por mês

“Nada paga o fato de obter liberdade territorial e financeira fazendo o que se ama”, afirma Júnia Máris Lemos Piassi, de 28 anos. Nascida em Passos (MG) e graduada em Direito, a mineira trabalha atualmente como professora de inglês franqueada da SpaceClass, rede de escola de idiomas online em que os professores são proprietários das franquias.

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Para pagar as contas, Júnia dá aulas de inglês online para 35 alunos brasileiros. Sua rotina consiste em trabalhar de segunda a quinta-feira, entre 6 e 7 horas por dia. Além disso, atua no comercial e marketing da escola. Segundo a professora, que viajou por nove países, a vida de nômade digital apareceu por acaso em seu caminho.

Assim como ela, outros nômades digitais trocaram a residência fixa pela possibilidade de morar em diferentes países e continuar trabalhando. Segundo estimativas da Fragomen, entidade privada que atua com migrações globais, a ideia possui 35 milhões de adeptos pelo mundo e a tendência é que esse número chegue a 1 bilhão até 2035.

Até o momento, pelo menos 25 países possuem programas de visto de trabalho voltados a esse público. O Brasil passou a adotar o visto para nômades digitais a partir da resolução 45 do Conselho Nacional de Imigração (CNIG), criada em setembro de 2021 e regulamentada em janeiro do ano seguinte.

De junho a outubro de 2020, Júnia fez aulas de inglês e pouco tempo depois se mudou para Pavia, na Itália, em uma das poucas viagens de avião feitas na pandemia. Há três anos, ela viaja ininterruptamente e já passou por nove países: EUA, Itália, Inglaterra, Indonésia, Malásia, França, Portugal, Turquia e Tailândia.

“O inglês foi de fato o que abriu essa porta pra mim, ensinar pessoas, poder levar a experiência que tive. A língua me permitiu ter esse estilo de vida, que era o que eu sonhava e conquistei”. Como professora franqueada, ela conta que fatura cerca de R$ 10 mil por mês, dinheiro suficiente para viver em todos os países que passou.

Conciliar vida pessoal e profissional

Antes de se tornar professora em tempo integral, Júnia Piassi acumulou o trabalho de dar aulas de idioma a um cargo presencial em Londres, em uma rede de hotéis. “Estava fazendo os dois trabalhos ao mesmo tempo e já estava cansada da correria. Quando vi uma perspectiva de crescimento na rede de franquias, decidi me dedicar somente à empresa”, relembra.

Além da flexibilidade do trabalho remoto, ela passou a conciliar melhor a vida profissional com a pessoal por trabalhar quatro dias por semana. “Quando estou migrando para outros países, posso dar aula de um café no aeroporto, ou em frente ao mar quando estou morando na praia. O que difere são os fusos horários, algumas vezes trabalho de madrugada, mas pra mim não é um problema, adapto a minha rotina conforme a necessidade”, explica.

Para a professora, outra vantagem é que os conhecimentos e vivências adquiridos nas viagens acabam auxiliando no planejamento das aulas e no interesse da classe. “Por amar o que faço, posso estar compartilhando as experiências com meus alunos”, conta.

A última parada de Júnia tem sido na ilha de Phuket, na Tailândia. No entanto, ela pretende mudar os ares novamente em julho, quando irá se mudar para Portugal com o namorado, Gustavo Silva, que também trabalha de forma remota.

Fonte: Mulher

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