O que se sabe sobre o “ataque massivo” às linhas de trem em Paris

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As autoridades francesas abriram uma investigação por “associação criminosa” e “deterioração de bens”.

A empresa ferroviária francesa SNCF anunciou nesta sexta-feira (26) que sofreu um “ataque massivo” para “paralisar” sua rede de trens de alta velocidade. A sabotagem afeta mais de 800 mil passageiros poucas horas antes da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.

Os ataques deixaram as linhas de alta velocidade que ligam Paris ao resto da França e aos países vizinhos paradas. Os alvos principais foram as estações das linhas que ligam Paris a cidades como Lille, no norte, Bordeaux, no oeste, e Estrasburgo, no leste.

A SNCF “foi vítima esta noite de vários atos mal-intencionados e simultâneos que afetaram as linhas de alta velocidade do Atlântico, Norte e Leste”, afirmou o grupo em comunicado. A empresa afirmou ainda que “incêndios criminosos foram provocados para danificar instalações”.

As autoridades francesas abriram uma investigação por “associação criminosa” e “deterioração de bens”.

O Ministério Público de Paris informou que estaria a frente, sob a Jurisdição Nacional de Luta contra o Crime Organizado, de “todos os danos deliberados causados ​​nas instalações da SNCF durante a noite de 25 para 26 de julho”.

O que se sabe?

Patrice Vergriete, ministro dos Transportes, afirmou que “todas as evidências que temos mostram claramente que foi deliberado: a hora do dia, as vans encontradas com pessoas fugindo, especialmente no lado sudeste, e os dispositivos incendiários encontrados no local”. “Tudo indica que foi um incêndio criminoso”, acrescentou.

Os trens estão fora de serviço na estação Montparnasse desde as 4h50. Um dos obstáculos seria um incêndio em Courtalain, na região de Eure-et-Loire.

A operadora ferroviária estatal afirmou que “ataques incendiários” tinham como alvo instalações das linhas que ligam Paris a várias regiões do país, acrescentando que o tráfego seria bastante afetado durante o fim de semana.

“Os incêndios foram deliberadamente provocados para danificar as nossas instalações”, informou a operadora de trens em nota.

Ataque afeta as olimpíadas?

Apesar dos transtornos, o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse ter “total confiança” nas autoridades francesas para a mitigação do problema.

“Não me preocupo. Temos total confiança nas autoridades francesas”, disse o alemão a jornalistas.

A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, ainda não se manifestou sobre a situação. Durante uma coletiva de imprensa realizada para fornecer informações sobre a cerimônia de abertura, os representantes informaram que não possuem atualizações sobre os ataques nem sobre como esses eventos podem impactar aqueles que estão tentando chegar à capital francesa.

“Sobre a atual situação difícil que a rede de transporte está sofrendo, não sabemos de muitas coisas até o momento. Vamos esperar que as pessoas responsáveis por essa rede de transporte façam o diagnóstico. Antes de tudo, estamos pensando nas pessoas que vão ter dificuldades de chegar a Paris para a cerimônia e para outros motivos. Esperamos que isso seja resolvido o quanto antes. Esses ataques aconteceram, mas não vão atrapalhar que a cerimônia aconteça de maneira tranquila”, disse o chefe da parte esportiva dos Jogos representando a cidade de Paris, Pierre Rabadan.


O que fazer com os bilhetes?

As passagens podem ser trocados ou restituídos. Ainda, a Eurostar afirma que o serviço ferroviário através do Canal da Mancha, entre Londres e Paris, também foi paralisado. Trens para a Bélgica também não estão disponíveis.

“Todos os clientes serão informados, por SMS, sobre a circulação dos seus trens”, afirmou a SNCF, que orientou “os passageiros a adiarem suas viagens e não irem para a estação”.

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Fonte: Internacional

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