O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) informou, nesta sexta-feira (14), que 289 jovens morreram ou desapareceram neste ano ao utilizarem a rota do Mar Mediterrâneo Central para sair do norte da África e chegar à Europa.
Estes dados apontam que cerca de onze crianças ou adolescentes morrem ou desaparecem semanalmente tentando chegar ao continente europeu por meio da perigosa rota marítima.
“Este é um sinal claro de que mais deve ser feito para criar caminhos seguros e legais para as crianças acessarem asilo, ao mesmo tempo em que fortalece os esforços para resgatar vidas no mar. Em última análise, muito mais deve ser feito para abordar as causas profundas que levam as crianças a arriscar suas vidas, ressaltou Catherine Russell, Diretora Executiva do UNICEF, em comunicado .
Quando abordados dados que têm início em 2018, a organização da ONU estima que mais de 1.500 crianças morreram ou desapareceram ao tentar a travessia do Mar Mediterrâneo Central, de acordo com o Projeto de Migrantes Desaparecidos da Organização Internacional para as Migrações OIM.
Entre janeiro e junho de 2023, cerca de 11,6 mil jovens que saíram do norte do continente africano chegaram ao litoral da Itália. Isso representa um aumento de duas vezes se observaado o mesmo perído do ano passado.
O UNICEF solicitou, em nota oficial, que os países destinos das crianças e adolescentes empreguem uma série de medidas em prol destas pessoas, como proteção dos seus direitos, fornecimento de caminhos seguros e legais para as crianças migrarem e buscarem asilo e fortalecimento da coordenação nas operações de busca e salvamento no oceano.
“Essas mortes são evitáveis. Elas são motivadas tanto pelas complexas emergências, conflitos e riscos climáticos que expulsam as crianças de suas casas, quanto pela falta de ação política e prática para fazer o que for necessário para permitir o acesso seguro ao asilo e proteger as direitos e a vida das crianças, independentemente da sua proveniência e do seu meio de transporte”, exclamou Verena Knaus, líder do UNICEF em migração e deslocamento, durante coletiva de imprensa.
Fonte: Internacional