*Por Zé Américo Silva
Foto: Divulgação/Ministério do Turismo
Mal saímos da campanha de 2022 onde foram eleitos deputados, senadores e o presidente da República e já estamos dando largada à campanha de 2024, desta vez, para eleições de prefeitos em todo país, exceto no Distrito Federal.
Tradicionalmente as festas juninas dão a largada dos pré-candidatos, buscando o contato direto com a população e anunciando que irão disputar o maior cargo eletivo do município.
A maioria da população
fica alienada do processo por não dar importância ou simplesmente por ignorância. Assim se tornam massa de manobra e inocentes úteis para os políticos profissionais.
Se à população participasse conscientemente da política, poderíamos assistir uma melhora na qualidade dos políticos e na vida do cidadão nas cidades.
Ao não dar importância à política e às campanhas, colaboram para o atraso e a miséria nos seus municípios.
O “patrocínio” das festas juninas e associação do nome do político ao evento é uma das formas de lançarem seus nomes na boca do povo.
Por total ignorância ou alienação, como já falei aqui, a população não percebe que esses políticos “patrocinam” os eventos com dinheiro público ou seja, dinheiro da própria população.
Na maioria das vezes são emendas parlamentares que priorizam festas ao invés de saúde, saneamento, educação e outras necessidades urgentes da população.
Participam dos eventos e muitas vezes sofrem depois com a falta desse dinheiro no dia-a-dia de suas vidas.
Como diz o poeta: A gente não quer só comida. A gente quer comida diversão e arte. Verdade!
Mas, precisamos ficar atentos para separar o que é evento festivo cultural e tradicional, dos esquemas politiqueiros que pretendem somente, promover nomes para fins políticos nas festas juninas, muitas vezes totalmente descaracterizadas, priorizando volume ao invés de qualidade.
As manifestações culturais devem ser orientadas e promovidas pelo ministério da cultura em parceria com as secretarias municipais, fomentando projetos selecionados através de editais e valorizando a cultura regional, e não com emendas parlamentares.
*Zé Américo Silva é jornalista