Durante todo o mês de outubro a sociedade volta sua atenção para a campanha Outubro Rosa, a qual tem por objetivo conscientizar e alertar as pessoas, especialmente as mulheres, sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama e mais recentemente sobre o câncer de colo do útero. O Outubro Rosa é um movimento internacional criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
O câncer de mama é o tipo de patologia que mais acomete mulheres em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 2,3 milhões de novos casos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. Só no Brasil, foram estimados 66.280 novos casos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
Já quando falamos do câncer de colo do útero, temos 6.627 mortes registradas no Brasil por ele em 2020. Uma estimativa do Ministério da Saúde aponta que, de 2023 a 2025, cerca de 17 mil mulheres serão diagnosticadas com o tumor, causado pelo papilomavírus humano (HPV). Esse vírus é facilmente transmitido na relação sexual, isso porque apenas o contato com a pele infectada já é o suficiente para a contaminação.
Após o diagnóstico da doença, é necessário seguir observando alterações, como por exemplo, nos processos biológicos. No caso da menstruação, mulheres com câncer podem apresentar um ciclo irregular e com uma coloração mais escura, comumente marrom. Por exemplo, um dos sintomas mais comuns são sangramentos vaginais anormais (nesse caso não sendo a menstruação propriamente dita). Em ambos os casos, a mulher deve ficar alerta e comunicar o seu profissional de saúde.
A femtech Herself, especializada em menstrução e que possui uma linha de produtos absorventes para pessoas que menstruam, orienta sempre que as mulheres observem o seu ciclo menstrual. “A menstruação faz parte da vida da mulher, sendo de extrema importância que as elas tenham informações seguras sobre o próprio corpo, sejam estimuladas ao autoconhecimento, possibilitado pelo acesso à educação menstrual, observa a co-fundadora e CEO da Herself, Raíssa Assmann Kist.
Outro processo biológico que também possui relação com o câncer é a menopausa. Marcada pelo fim da menstruação, a menopausa inicia entre os 45 e 55 anos da mulher, período no qual elas estão mais propensas a desenvolver o câncer de mama, segundo o INCA. Uma das principais causas é o acúmulo de exposições ao longo da vida, além das alterações biológicas, como o envelhecimento.
A ginecologista e diretora clínica da femtech Plenapausa, Dra. Natacha Machado, explica essa relação e como as mulheres podem aliviar os sintomas. “A grande maioria dos cânceres de mama são sensíveis à resposta hormonal, por isso que os tratamentos cirúrgicos, químicos ou radioterápicos se complementam com o bloqueio hormonal dessas pacientes, produzindo uma menopausa química. Durante esse processo a mulher deverá adotar práticas saudáveis, como exercício físico, alimentação saudável e suplementação, a fim de diminuir os sintomas causados pela menopausa”, explica Natacha.
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Fonte: Mulher