Paciente estuprada em clínica psiquiátrica teve caso de saúde agravado

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Imagens registradas por uma câmera de segurança mostram o momento do crime
Reprodução/TVJornal

Imagens registradas por uma câmera de segurança mostram o momento do crime

Segundo a advogada que representa a família da paciente estuprada por um vigilante em uma clínica psiquiátrica em Camaragibe, no Grande Recife, o quadro de saúde da vítima, que estava internada para tratar de uma crise de depressão, se agravou.

“Ela teve alguns acessos de estranhar o próprio corpo, de não querer viver […]. A mãe tirou [a paciente da unidade], passou um tempo com ela em casa, foi quando ela teve alguns acessos, inclusive tentando se matar. E foi necessária uma internação novamente”, contou a advogada Maria Eduarda Albuquerque, ao g1.

Ela afirma que a vítima relatou que fechou os olhos e “queria que aquilo acabasse”. Depois dos abusos, ela teria continuado sozinha no local, e a família só foi avisada do crime horas depois.

“Além de ter sido estuprada, ela ficou sozinha lá, pedindo pela família, sem conseguir dormir, com medo de esse homem voltar a qualquer momento. E só foi avisado isso na sexta-feira à noite, para dizer que [a família] fosse lá no sábado de manhã. É uma série de atrocidades nesse caso”.

A advogada acusa a clínica de não oferecer qualquer suporte à família. “Eles se sentiram totalmente abandonados pela clínica, de dar algum tipo de assistência ou algum valor em dinheiro para respaldar um tratamento. Nada. Inclusive, até falei com um advogado de lá e pedi para que analisasse algum tipo de proposta. […] A resposta foi ‘não’ e que a gente tomasse as medidas cabíveis”.

O caso

Uma câmera de segurança flagrou o momento em que a paciente foi estuprada pelo vigilante. Nas imagens, é possível ver o homem tocando a vítima, que estava sozinha na sala, deitada em uma cama.

O crime aconteceu na madrugada de 17 de novembro do ano passado, no Hospital Reluzir, mas só se tornou de conhecimento público neste ano.

Ele foi indiciado no início de junho pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo a família, o vigilante segue foragido, sete meses após o episódio.

Além dele, um técnico de enfermagem, que viu o criminoso entrar no ambiente, foi indiciado por omissão de socorro.

Procurada pelo g1, a clínica afirmou que o vigilante trabalhou no local por dois meses e foi demitido. Seu nome não foi divulgado.

De acordo com a advogada que representa a família da paciente, a vítima tem 30 anos e estava internada na clínica particular para tratar uma crise de depressão.

O que diz o hospital

Em nota, o hospital afirmou que:

  • Desde que tomou conhecimento do episódio, deu suporte à vítima e à família, além de colaborar com a polícia nas investigações;
  • O estupro aconteceu de madrugada, mas só soube do crime pela manhã, durante consulta de rotina com a paciente;
  • Ligou para a família pedindo que fossem ao local, mas que a mãe e o padrasto da paciente só estariam disponíveis na manhã do dia seguinte;
  • O homem “não era um segurança e sim um monitor”, autorizado a circular no ambiente. Disse também que ele era funcionário de uma empresa terceirizada;
  • O vigilante foi demitido no mesmo dia do crime.

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Fonte: Mulher

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