Investigações da Operação Sequaz da Polícia Federal apontaram que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa acusada de planejar sequestro e morte de autoridades, tinha acesso ao “Detecta”, sistema de monitoramento de câmeras do governo do São Paulo lançado em 2014.
A descoberta ocorreu após a Justiça retirar o sigilo da investigação realizada pela PF (Polícia Federal) sobre o plano de matar senador Sérgio Moro. Nas mensagens obtidas pelos policiais, um suspeito pede a um “parceiro” informações sobre a localização de um veículo do qual ele tem interesse.
O sistema Detecta realiza automaticamente o reconhecimento de um veículo utilizando as câmeras de monitoramento.
Logo depois, o suspeito envia outra mensagem pedindo o percurso realizado por um veículo nos últimos dias: ; “Parceiro, precisava saber aonde esse carro andou [de] sábado até hoje. Consegue dar uma força pra mim pra vê no detecta lá”.
Em resposta, o outro homem envia uma imagem ao suspeito com todas as informações do veículo que aparece como propriedade da Polícia Civil, se tratando de uma viatura policial descaracterizada.
“Temos indicativo claro de que os investigados têm acesso a dados que deveriam ser sigilosos, o que permite a eles agir com desenvoltura na prática de crimes, pois conseguem identificar veículos das forças de segurança”, ;afirmou o ;delegado da PF Martin Bottaro.
OPERAÇÃO SEQUAZ
Veja o que foi feito até agora:
mandados cumpridos – 4 de prisão temporária, 7 de prisão preventiva e 24 de busca e apreensão;
operação realizada em 4 Estados – Mato Grosso do Sul, Rondônia, São Paulo e Paraná;
crimes planejados – homicídios e extorsão mediante sequestro; seriam realizados em SP e no Paraná.
Entre no ; canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o ; perfil geral do Portal iG.
Fonte: Nacional