PF ouve Valdemar da Costa Neto e Marcelo Câmara sobre fraude às urnas eletrônicas e mira juiz federal

Política

Magistrado era assessor do TSE mas trabalhava mesmo era como consultor ilegal do PL, diz relatório da Polícia Federal – os depoimentos de hoje são sobre isso

Tião Maia, especial para Fatos e Fotos News

Nesta quinta-feira (12/12), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, vão prestar depoimento à Polícia Federal. Os depoimentos serão em inquérito que apura suposta tentativa de golpe, que visava manter Bolsonaro no poder. As oitivas ocorrerão no início da tarde, a partir das 14h.

Os dois depõem por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do caso.

No relatório final do inquérito do golpe, a PF apontou a participação do juiz federal, Sandro Nunes Vieira, que trabalhou no TSE em 2022, como assessor do PL na ofensiva contra as urnas eletrônicas. Nas investigações, a PF concluiu que o juiz atuou de forma ilegal” e em “desacordo com sua função” ao discutir fraudes com aliados do então presidente da República.

No relatório, a PF diz que encontrou mensagens no celular de Marcelo Câmara, então assessor especial de Bolsonaro, na qual ele discutia com o juiz fraudes nas urnas eletrônicas e a ação do PL contra o pleito. A PF diz ainda que Sandro Vieira enviou uma mensagem para Marcelo Câmara pedindo para avisar Valdemar para não mencionar seu nome ao tratar da representação do partido contra as urnas eletrônicas junto à Justiça Eleitoral. O juiz fez o alerta porque Valdemar dera uma entrevista, em novembro de 2022, na qual citou o nome do magistrado. Depois disso, Sandro emitiu uma nota negando qualquer contato com o presidente do PL.

“Nesse contexto, os elementos probatórios identificados pela investigação demonstram que Sandro Nunes Vieira atuou de forma ilegal e clandestina, ao assessorar o Partido Liberal na representação eleitoral contra as urnas eletrônicas”, diz relatório da PF que municiou o indiciamento de 37 pessoas no inquérito do golpe.

É sobre esse assunto que os investigadores vão questionar os dois investigados a prestar.

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