A polícia militar que aparece no vídeo que circulou nas redes sociais negando ajuda a um jovem negro que estava sendo ameaçado por um homem armado foi identificada. A soldado Tamires Borges Coutinho Siqueira, de 28 anos, aparece afastando o jovem com um chute em frente ao metrô Carandiru, em São Paulo. O caso ocorreu na última segunda-feira (13), e foi publicado pelo jornal Porte Jornalismo no mesmo dia.
Tamires Borges é policial militar e foi condecorada no dia 22 de março de 2021 com a Medalha Mérito Comunitário. A homenagem teria sido dada após Tamires ter prestado apoio “a um cidadão do Rio Grande do Sul, que se encontrava perdido a cerca de 4 dias sem alimentação alguma pelo Terminal Rodoviário do Tietê, de pronto a policial lhe ofereceu alimento e ajuda com a passagem”. Ela está na corporação desde 2019
A medalha foi dada pela 4ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M). No Instagram do batalhão, eles ressaltam que “São atitudes como essa que enobrecem o bom nome da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo”.
O caso
Na última segunda-feira (13), o vídeo de Tamires Borges negando ajuda ao jovem que estava sendo ameaçado por uma arma viralizou. Nele, é possível ver um homem armado — que foi identificado como o policial civil e investigador Paulo Hyun Bae Kim —, ameaçando um jovem negro. Ao chegar perto de Tamires, a soldado diz que ela está “de folga”, e que o protocolo é ligar para o 190″. Além disso, ela afasta o jovem com um chute. A confusão ameniza quando uma mulher entra na frente do investigador, fazendo com que o jovem consiga fugir.
Em nota, a SSP informou ao iG que a PM havia sido identificada e iria “responder criminal e disciplinarmente pela conduta omissa registrada pelas imagens”. Eles categorizaram a conduta como “grave”, e ressaltou que “todos os policiais militares passam por treinamentos, independentemente da área em que atua.”
A Polícia Civil também informou que um inquérito foi aberto contra o investigador. Kim já foi acusado anteriormente de ter agredido a própria mãe e por ter feito um disparo dentro de casa em 2013. A denúncia havia sido feita pela irmã do investidor, mas posteriormente os familiares voltaram atrás da denúncia.
Fonte: Nacional