Após décadas de mistério, um caso de homicídio pode estar prestes a ser solucionado em Nova York , nos Estados Unidos . Mais de 21 anos depois de restos mortais de uma mulher serem achados em uma obra, a identidade da vítima foi encontrada pela polícia. Apelidada pela imprensa e pelas autoridades norte-americanas de “Midtown Jane Doe”, ela se chamava Patricia Kathleen McGlone , uma adolescente de 16 anos, do Brooklyn, que foi vista pela última vez no final dos anos 1960.
O crânio, o esqueleto e outros restos mortais de Patrícia foram encontrados em um prédio de Hell’s Kitchen, que antigamente era uma famosa casa de shows de Nova York. A mulher foi achada amarrada com um fio elétrico, enrolada em um tapete e cimentada no porão do prédio. “Ao derrubar um chão de concreto, uma caveira rolou”, disse o detetive da polícia de Nova York, Ryan Glas, à NBC, sobre a descoberta assustadora em 10 de fevereiro de 2003.
Dentro do túmulo improvisado havia também um relógio de pulso, alguns brinquedos infantis e um anel. O caso, é claro, chamou atenção da polícia e da mídia local. A investigação, porém, travou dada a tecnologia forense limitada da época, a falta de provas e uma taxa crescente de homicídios na cidade mais populosa dos EUA.
Descoberta
Com o avanço da tecnologia, o caso foi reaberto e a identidade da vítima foi revelada nesta semana. Segundo o detetive Glas, ele e sua equipe implementaram uma prática investigativa relativamente nova chamada genealogia forense, cujo objetivo é identificar pessoas por intermédio da reconstrução das suas linhagens ancestrais e de sua árvore genealógica.
Patricia McGlone foi identificada depois que seu DNA foi parcialmente compatível com uma vítima do 11 de Setembro. Segundo o detetive, eles encontraram a correspondência genética em 2023, mas esperaram para anunciar as descobertas até serem conclusivas. “Jane Doe foi identificada por meio de seus parentes genéticos distantes”, explicou Glas.
Quem era a vítima?
Segundo a polícia local, Patricia era católica, morava em Sunset Park e teria sido assassinada em 1969. “Ela estudava em uma escola pública e, depois, foi para uma escola católica”.
De acordo com os registros da cidade, McGlone cursou o ensino médio em pouco tempo, por apenas oito dias, antes de se casar com um homem quase duas vezes mais velho que ela, entre 1968 e 1969.
Investigação continua
Glas disse que o marido misterioso da adolescente estava ligado ao prédio Hell’s Kitchen, onde seu corpo foi encontrado. “Ainda estamos trabalhando para obter informações sobre ele, tentando verificar qual era a situação dele com ela”, disse Glas. “Neste ponto da investigação, o que posso dizer é que ele tem uma ligação com o local onde ela foi encontrada”, acrescentou.
De acordo com o detetive, a descoberta da identidade será fundamental para resolver o caso. “Em qualquer investigação, especialmente em qualquer investigação de homicídio, a primeira coisa que você precisa é o nome da vítima, porque isso lhe dá um ponto de partida”, disse Glas. “Todo mundo é filho de alguém. Temos que encerrar este caso”, resolveu.
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Fonte: Internacional