Pomadas de cabelo: Anvisa registra 780 casos de intoxicação ocular

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Entrada da Anvisa
Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Entrada da Anvisa

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), há ao menos 780 casos de intoxicação exógena, provocada pelo contato de substâncias químicas nos olhos devido ao uso de pomadas para trançar cabelos .

Nessa sexta-feira (17), a agência se reuniu com empresas fabricantes desses produtos para tratar de requisitos de segurança e os próximos passos da investigação sobre os efeitos colaterais.

Desde o dia 10 de fevereiro, todas as marcas estão proibidas de comercializarem os produtos no Brasil “até que as causas das reações estejam identificadas”.

“A decisão foi resultado de uma avaliação de risco realizada pela Anvisa e foi adotada tendo em vista o aumento do número de casos de efeitos indesejáveis graves associados ao uso desse tipo de produto e a proximidade dos festejos do Carnaval”, afirmou a Anvisa em nota.

Reunião

A reunião de ontem foi feita de forma virtual e reuniu mais de 400 representantes das empresas e, segundo a agência, 685 dos casos de intoxicação pelo uso das pomadas foram identificados em investigação conduzida no Rio de Janeiro

Em somente um hospital de emergência da cidade, mais de três mil atendimentos oftalmológicos foram realizados até o último dia 7, apesar de menos da metade ter sido comprovadamente relacionada ao uso dos produtos, até o momento.

Entre as ocorrências no país associadas a 35 marcas diferentes, a Anvisa disse que “os sinais e sintomas mais relatados foram a ceratite (inflamação da córnea), dor ocular, abrasão (lesão) de córnea, ardência ocular, hiperemia (alteração na circulação sanguínea da região), sensação de corpo estranho ocular e perda da acuidade visual”.

A Anvisa também já havia afirmado, em comunicados anteriores, ter recebido relatos de perda temporária da visão, lacrimejamento intenso, coceira, vermelhidão, inchaço ocular e dor de cabeça .

Essas queixas aconteceram, principalmente, após banhos de mar, piscina ou contato com a chuva depois do uso de produtos.

No encontro de ontem, a agência alertou as empresas sobre os requisitos obrigatórios para os produtos, e afirmou que o não atendimento das medidas vai levar ao cancelamento das autorizações.

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Fonte: IG SAÚDE

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