O Prêmio Jabuti é um sonho de consumo para qualquer autor brasileiro. Isso porque o prêmio conta com vencedores como: Jorge Amado, Érico Veríssimo, Rubens Teixeira, Lygia Fagundes, Clarice Lispector e muitos outros autores talentosíssimos em seu hall de vencedores. O prêmio conta com 22 categorias, mas aqui vamos falar sobre os livros ganhadores do prêmio “Melhor Romance Literário”, contudo encorajamos você a conhecer as obras vencedoras e indicadas a todas as outras categorias do concurso.
De nomes mais famosos da literatura , a autores mais tímidos, vamos conhecer então 7 livros que já levaram a estátua do Jabuti para casa e já conquistaram o prêmio de maior destaque da nossa literatura nacional.
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7 obras vencedores do Pêmio Jabuti que valem a leitura
Vamos conhecer a apreciar a nossa literatura nacional!
1. Estorvo, Chico Buarque de Holanda
Lançado em 1991, “Estorvo” marcou a estreia de Chico Buarque como romancista e foi aclamado pela crítica. Em 2021, a Companhia das Letras relançou a obra em uma edição especial com textos de renomados autores.
O livro, que mistura delírio e digressões, segue o narrador em um passeio nebuloso pela cidade após encontrar um desconhecido. Metáfora do Brasil da época, “Estorvo” permanece atual e é um marco na literatura brasileira.
2. Memorial de Maria Moura, Rachel de Queiroz
“Memorial de Maria Moura” é um romance maduro de Rachel de Queiroz, que consagra a escritora como a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras. Ambientado no Brasil rural do século XIX, o livro narra a saga de Maria Moura, uma personagem forte e sertaneja.
Ainda jovem, Maria enfrenta a perda dos pais, a violência do padrasto e a ameaça de primos inescrupulosos sobre suas terras. Apesar das adversidades do agreste e da solidão, Maria representa a determinação da mulher nordestina, recusando-se a aceitar a submissão imposta pela sociedade e pela família.
3. Manual da Paixão Solitária, Moacir Scliar
O capítulo 38 do Gênesis narra a história de Judá, seus filhos e Tamar, que se envolve com todos eles. Especialistas em estudos bíblicos discutem essa história em um congresso anual, com um historiador e sua antiga aluna como principais oradores, trazendo à tona uma trama de paixões e desejo que os envolve. Moacyr Scliar revisita esse relato bíblico de maneira surpreendente e provocadora, explorando os aspectos tragicômicos da história e relacionando-os aos temas eternos da condição humana.
4. Gabriela, Cravo e Canela – Jorge Amado
Vencedor do primeiro Prêmio Jabuti, Jorge Amado encanta o país com a história de Gabriela. Na década de 1920, Ilhéus enfrenta a tensão entre o progresso e a resistência dos coronéis do cacau. Nesse cenário, surge o romance entre Nacib, um taberneiro sírio, e Gabriela, uma sensual e inocente cozinheira do sertão. Conquistando Nacib e os habitantes de Ilhéus, Gabriela também encantou leitores e telespectadores ao redor do mundo.
5. O Avesso da Pele, Jeferson Tenório
“O Avesso da Pele” conta a história de Pedro, que, após a morte do pai, tenta resgatar um passado familiar. Jeferson Tenório expõe um país marcado pelo racismo e um sistema educacional falido, abordando as complexas relações entre pais e filhos. O livro retrata a vida de um homem negro enfrentando fraturas existenciais e busca de redenção. Tenório se destaca na literatura brasileira contemporânea com sua narrativa sensível e corajosa.
6. Os Perigos do Imperador, Ruy Castro
O último ganhador do prêmio, Ruy Castro traz uma contribuição excelente para a literatura nacional. Em “Os Perigos do Imperador”, Ruy Castro reimagina a visita de D. Pedro II aos Estados Unidos em 1876, transformando-a em um romance eletrizante onde um atentado contra o monarca é planejado por republicanos brasileiros.
A trama envolve figuras como o poeta Sousândrade, o repórter James O’Kelly, e Leopoldo Ferrão, criando uma narrativa intrigante que mistura história e ficção, desafiando o leitor a separar os eventos reais da imaginação do autor.
7. Mongólia, Bernardo Carvalho
“Mongólia” é um romance que narra o “diálogo” entre o diário de um fotógrafo desaparecido nos montes Altai e as anotações de um diplomata brasileiro encarregado de encontrá-lo. A história explora o choque cultural entre o olhar estrangeiro e a vida dos nômades mongóis no deserto de Gobi, nas estepes e entre criadores de renas e camelos.
O livro captura a redescoberta da liberdade após décadas de ditadura comunista, destacando a imaginação como substituta da memória perdida. Baseado na viagem do autor à Mongólia em 2002, financiada pela editora Cotovia e Fundação Oriente de Lisboa.
Fonte: Prêmio Jabuti.
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Fonte: Mulher