O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdoğan, fez declarações contra Israel em um comício em Istambul, a capital do país. Em um discurso inflamado, o político acenou aos membros do Hamas, fazendo com que Israel convocasse alguns diplomatas para saírem do país.
O discurso foi proferido durante um grande encontro pró-Palestina, evento que teria amealhado mais de 1,5 milhão de pessoas, segundo os organizadores. O número não foi confirmado por outras fontes.
Além do país não classificar o Hamas como grupo terrorista, algo raro no grupo de membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Erdogan teria chamado os guerrilheiros de “combatentes pela liberdade”, segundo a imprensa turca, afirmando ainda que Israel promove uma ocupação da terra palestina.
Para completar, disse que Israel comete crimes de guerra na Faixa de Gaza. “Claro, todo país tem direito de se defender. Contudo, em Gaza, não há defesa, mas um óbvio e detestável massacre?”, critica.
“O principal culpado por trás do massacre em Gaza é o Ocidente”, acusa Erdogan.”Aqueles que choraram ontem por aqueles que foram mortos na guerra Rússia-Ucrânia hoje estão em silêncio pelas crianças morrendo em Gaza”, embora a maior parte do Ocidente apoie o apoio humanitário e a defesa da população civil de Gaza e também de Israel.
A despeito da Turquia ter condenado a morte de israelenses nos brutais ataques de 7 de outubro, o político acenou para ampla base islâmica do país, força que o ajudou a ganhar as eleições presidenciais de maio.
A postura pró-Palestina é uma marca de Erdogan. Entre outras declarações de apoio, Erdogan ainda parabenizou o povo de Gaza por não ter abandonado suas casas. Após o bombardeio mais forte desde o início do conflito e os conflitos em terra, Israel avisou que as populações da Faixa e da cidade de Gaza deveriam abandonar suas residências . O país já confirmou que há tropas no território , o que leva o conflito a uma segunda fase.
As comunicações da Faixa foram cortadas hoje mais cedo. O Itamaraty afirmou que perdeu o contato com o grupo que aguarda repatriação . São 24 brasileiros e 10 pessoas em processo de imigração .
Fonte: Internacional