Os estudantes do terceiro ano de orientação agrícola na Escola Técnica Superior de Rivera , no Uruguai , denunciaram um dos professores da turma por falas racistas em sala de aula. Eles escreveram uma carta à diretoria da instituição pontuando as declarações problemáticas do professor, que não teve o seu nome revelado.
Segundo os alunos, o docente disse que sua família não contrata pessoas negras, “muito menos os negros brasileiro de origem africana, que são mais preguiçosos ainda. O brasileiro cruza com o gringo, que é trabalhador”. Ele continuou: “O trabalhador deve ser explorado da mesma forma que os pobres e, se não gostar, que o deixem morrer de fome.’
O docente foi acusado de incitação ao ódio, ao preconceito e à violência pela Justiça de Uruguai e está proibido de se aproximar ou se comunicar com os alunos que participaram da denúncia por 120 dias.
De acordo com a imprensa uruguaia, o professor é filho de deputado governista de Rivera, que alega “perseguição”.
Protesto
Em meio aos desdobramentos do caso, alguns alunos do terceiro ano decidiram fazer uma manifestação. “Fogo nos racistas”, “Não aceitaremos nenhum tipo de discriminação” e “Somos o sonho dos nossos ancestrais” foram algumas das faixas estendidas pelos estudantes.
Apesar disso, a imprensa uruguaia afirma que o protesto foi esvaziado devido ao “medo” dos alunos de sofrer represálias.
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Fonte: Internacional