Nesta terça-feira (09) o presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou Gabriel Attal como o novo primeiro-ministro do país. O cargo é o segundo mais importante do país, e era chefiado anteriormente por Élisabeth Borne, que pediu demissão na última segunda-feira (08) após ficar a frente da posição por cerca de 20 meses.
Gabriel Attal, de 34 anos, é o primeiro premiê abertamente gay da história da França e o mais novo já nomeado. Anteriormente, Attal estava a frente do Ministério da Educação.
A nomeação do jovem político foi uma surpresa perante as expectativas que estavam sendo geradas. Ainda que seja um cargo mais burocrático e com pouco protagonismo na política, a escolha do jovem acabou gerando curiosidade ao cargo.
Attal já atuou durante dois anos como porta-voz do Palácio do Eliseu, e assumiu o cargo de ministro da Educação em 2023. Por seu carisma, acabou se tornando um dos políticos mais populares da França, tendo uma boa aprovação da população, segundo informa o instituto francês de pesquisa Ipsos.
Quando assumiu o cargo de ministro da Educação, como primeira medida proibiu o uso do vestido muçulmano abaya nas escolas públicas. A decisão agradou o eleitorado conservador, que tinha desconfiança de um político de esquerda na pasta.
Attal ainda implementou um projeto para a uniformização de todos os alunos de escolas públicas da França. A medida foi tida como polêmica, pois os alunos franceses sempre puderam ir às aulas com qualquer tipo de roupa. Segundo o novo premiê, a medida visa diminuir as chances de bullying.
Durante uma entrevista à TV pública francesa, ele afirmou que sofreu com o bullying na adolescência, sendo perseguido pelos colegas por sua orientação sexual. Ele estudava na época na l’Ecole Alsacienne, uma das instituições de ensino privada mais prestigiada de Paris.
Aos 17 anos, Attal está no Partido Socialista francês. Aos 23 anos, ele já integrava a equipe do Ministério da Saúde, durante o governo de François Hollande.
Antes de completar 30 anos, Attal acabou se identificando com as ideias liberais do então candidato à presidência, Emmanuel Macron . Ele acabou decidindo migrar para o partido do ex-banqueiro, que acabava de ser criado, o En Marche, atual Renaissance. Pelo partido, acabou se tornando deputado.
Na época, Attal anunciou uma união civil com o então líder do partido de Macron, Stéphane Séjourné. Atualmente, especula-se que Attal e Séjourné tenham se separado, mas não há pronunciamento sobre o término do relacionamento entre os dois.
Fonte: Internacional