Quer viver mais? Conheça oito hábitos para adotar já

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 Oito hábitos foram associados com um risco menor de morrer
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Oito hábitos foram associados com um risco menor de morrer

Um estudo observacional feito com mais de 700 mil veteranos dos Estados Unidos, entre 2011 e 2019, e que foi apresentado durante o congresso anual da Sociedade Americana de Nutrição, em Boston, revelou oito hábitos que se adotados pelo menos a partir dos 40 anos podem aumentar a expectativa de vida.

Durante o período do estudo, mais de 30 mil participantes morreram. A partir dessas informações, os pesquisadores encontraram os oito hábitos que foram associados com um risco menor de morrer.

  • Comer bem
  • Evitar cigarros
  • Reduzir bebida alcoólica quando em excesso
  • Ter uma boa noite de sono
  • Praticar atividade física
  • Manter bons relacionamentos sociais
  • Aprender a controlar o estresse
  • Não utilizar opióides (algo que tem sido visto como uma questão de emergência de saúde pública nos EUA).

Natan Chehter, geriatra membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e do Hospital Estadual Mário Covas, explica o “segredo” da longevidade com base nestes pilares enfatizando sua importância. “Foi feito um estudo baseado num segmento populacional que é feito com os veteranos do Exército Americano, ou seja, as pessoas que serviram o exército, eles têm direito a um programa de saúde com acesso à bastante acompanhamento médico e por conta disso, há muitos dados para poder acompanhar esses pacientes, então eles pegam as informações de saúde destes ao longo da vida, não só depois que eles saem do exército”, avalia o médico.

“O que acontece é o seguinte, ao longo do tempo, essas pessoas envelhecem, então eles pegaram os pacientes, à medida que eles foram envelhecendo, alguns morrendo, e vendo o que os preservou. Os fatores que eles levantam são 8, que são aqueles em comum para esses pacientes estarem, vamos dizer assim, melhores de saúde do que os seus outros companheiros”, diz Natan Chehter.

“O interessante é que os pontos que eles levantaram são, na verdade, assuntos que a gente já recomenda faz bastante tempo. Então, a fórmula, vamos dizer assim, para o envelhecimento mais saudável, mais longevo, ele passa justamente por mudanças de estilo de vida ou por adotar práticas saudáveis que a gente já recomenda até para controle de doenças ou para evitar o aparecimento de destas, como fazer uma dieta saudável e praticar exercícios. A gente já recomenda para uma série de doenças, então para controlar diabetes, hipertensão, obesidade etc. Então, além de a gente saber que essas práticas, melhoram o controle dessas doenças, elas também melhoram a longevidade e qualidade de vida. Uma coisa influencia necessariamente a outra”, ressalta o especialista.

Então, quer dizer, essas pessoas que vivem mais, necessariamente, estão controlando melhor suas doenças e não só com remédio. “Com certeza o impacto dessas medidas, como fazer exercício físico com regularidade, não fumar, beber pouco, ter interação social com outras pessoas, não ter um consumo de drogas. A gente sabe que isso preserva a saúde do corpo. Além disso, a saúde da mente, no sentido de você ter interações sociais, que foi algo que o estudo também apontou. Então, quer dizer, você ter uma vida equilibrada, uma vida saudável, é realmente o segredo para você poder viver bastante e viver bem. Então, na prática, cada vez mais, os estudos, a ciência vem provando aquilo que a gente já recomendava faz bastante tempo. Que não só o controle de doenças, mas também a promoção de saúde depende dessas mudanças de hábitos, ou dessa incorporação de hábitos saudáveis na vida”, reitera o médico.

Segundo Natan Chehter, o estudo é interessante para provar que obviamente quanto antes você começar, melhor. “Se você iniciar com 40 é melhor de começar com 50, 50 é melhor que 60, mas nunca é tarde. Então assim, quanto antes se começar antes se cria um patrimônio de saúde que você vai poder usufruir. Os pacientes vão poder usufruir ao longo da vida. Então, cada vez mais a ideia do envelhecimento saudável ou do bom controle de doenças passa por essas mudanças de hábitos, essas atitudes que levam a uma vida saudável, muito mais do que um suplemento, um comprimido, uma droga, uma vitamina, isso daí tudo, apesar de ser muito tentador, o pessoal vê muita propaganda “Olha isso aqui é bom, aquilo ali é bom””, avalia.

Na prática, diz Natan Chehter, as velhas receitas são as que realmente você vai ter uma comprovação verdadeira do que que é bom para essas pessoas. Envelhecer de maneira saudável não é diferente de você viver de maneira saudável. Uma coisa é dependente da outra.

“Se você vive de uma maneira saudável, com esses hábitos, especialmente que eles destacaram, falam de qualidade de sono, fala de qualidade de alimentação, de qualidade de exercício físico, de interação social, de evitar álcool e drogas, isso tudo é muito importante, para uma vida saudável e para um envelhecimento saudável, essas duas coisas se comunicam entre si. Então esse estudo é importante para reforçar essas recomendações que no primeiro momento parece que são “receitas da avó”, parece que não tem exatamente muito embasamento científico, é o contrário, cada vez mais estamos vendo que são esses os reais modificadores do contraponto em ser saudável e viver bastante, e ser doente e viver pouco, então são esses os assuntos que realmente importam”, finaliza o geriatra.

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Fonte: Mulher

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