Rafa Justus: adolescente pode fazer plástica? Tire suas dúvidas

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Rafa Justus deu resposta afiada a quem criticou suas plásticas aos 14 anos
Reprodução/Instagram

Rafa Justus deu resposta afiada a quem criticou suas plásticas aos 14 anos

A busca por melhorias estéticas e funcionais por meio da cirurgia plástica é cada vez mais comum em todas as faixas etárias. No entanto, quando se trata de crianças e adolescentes, esse tema ganha mais complexidade e exige uma abordagem cuidadosa e especializada.

O tema ganhou relevância por conta da experiência vivida por Rafa Justus, que operou o nariz e a mandíbula. Ela recebeu inúmeras críticas por se submeter à cirurgias aos 14 anos, mas respondeu aos haters. ‘Não existe idade certa para ter um aumento na autoestima’, disse a filha de Ticiane Pinheiro e Roberto JustusMas a cirurgia em crianças e adolescentes é, de fato, viável?

Rafa Justus rebate críticas por cirurgias aos 14 anos

Alessandra dos Santos Silva, cirurgiã plástica e craniofacial e fundadora do Centro de Excelência em Medicina (CEM), diz que é importante desmistificar a cirurgia plástica pediátrica, destacando não apenas seus aspectos técnicos, mas também os impactos emocionais e sociais positivos que podem advir desses procedimentos.

“É importante deixar a ideia de cirurgia plástica como fútil ou desnecessária. O termo ‘plástica’ remete à ‘retornar à forma’ e os motivos que levam a essa indicação são os mais variados e, de forma geral, são nobres quando a indicação for para a realização em uma criança”, comenta Alessandra. “Não existe nada mais gratificante do que ver o sorriso de um garoto de seis anos que teve sua cicatriz de queimadura corrigida por um transplante capilar, ou um garoto que pode tirar a blusa para nadar na viagem de formatura por ter realizado a cirurgia de correção da ginecomastia [aumento das mamas em meninos”, completa.

A decisão de uma cirurgia na infância geralmente é motivada pelos benefícios funcionais que trará, como por exemplo a melhora respiratória e correção da posição dos dentes, mas não desprezamos o “efeito colateral” de melhora estética, por sua benéfica influência na auto estima, de suma importância em uma personalidade em formação. Ela reforça ainda que não existe uma idade correta para cada cirurgia e sim indicação cirúrgica, o que deve ser discutido entre a família, o cirurgião plástico e é claro com o pequeno paciente.

O cirurgião plástico Marco Aurélio Guidugli lembra que geralmente a pessoa submetida a uma cirurgia plástica durante a infância ou a adolescência tem uma malformação congênita. ” Existem alterações crânio-faciais, algumas síndromes, malformações como, por exemplo, a orelha de abano, que, em determinados momentos durante o desenvolvimento da pessoa, faz-se necessária a intervenção de uma cirurgia plástica”.

O médico exemplifica com os casos de fenda labial e de fenda palatina. Geralmente é realizada a cirurgia plástica quando a pessoa é um bebê, por quê? Porque esse desenvolvimento da sucção para mamar fica prejudicado. A fenda labial atrapalha muito a capacidade de fonação da pessoa. Essas cirurgias são realizadas em bebês com menos de dois anos de idade para não comprometer o desenvolvimento da vida adulta, tanto na fonação como na sucção.

“Existe, por exemplo, a cirurgia de orelha de habano, que é realizada por volta dos sete ou oito anos de idade, que é na idade escolar da pessoa, porque já houve um desenvolvimento completo do pavilhão auricular e é nesse momento que é feita a intervenção cirúrgica por dois motivos. Primeiro a questão do desenvolvimento da orelha, já está cerca de 90% do desenvolvimento final, é uma cirurgia que você consegue entregar um resultado estético definitivo para o paciente e outra, visa a evitar o impacto emocional no desenvolvimento da criança”, ressalta o médico.

Uma outra situação que acontece são cirurgias plásticas em adolescentes. ‘Existem moças que desenvolvem a mama muito grande, que seria uma gigantonastia ou uma hipertrofia grave da mama, que pode acarretar também o desenvolvimento psicológico dela. Geralmente indicamos cirurgia plástica na adolescência, por volta dos 15, 16 anos, justamente para dar um conforto físico para o indivíduo e também um conforto emocional”, ressalta.

Guidugli ressalta que a cirurgia plástica tem o poder não só de transformar a pessoa do ponto de vista físico, mas também deixar a pessoa transformada do ponto de vista emocional, aumentando a autoestima, a segurança e a felicidade da pessoa. “A cirurgia plástica se faz necessária na fase da infância ou na adolescência, justamente para tratar problemas orgânicos, problemas físicos e evitar também danos psicológicos no futuro”, defende.

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Fonte: Mulher

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