A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, afirmou nesta quinta-feira (13) que sua possível saída do cargo é “especulação” e tem o objetivo de criar “instabilidade” no governo.
O comentário de Rita veio após rumores de que Lula poderia tirá-la do cargo. De acordo com a CNN, partidos do Centrão querem indicar um nome para presidir a Caixa, e a sugestão teria sido bem recebida pelo governo.
O ex-ministro e ex-presidente do banco Gilberto Occhi seria o indicado para substituir Rita, ocupando cota do PP. Occhi é ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
“Eu estou trabalhando. Na realidade, nós sabemos que todos os nossos cargos são do presidente da República, ele que avalia com relação a se fica, se sai ou o que faz”, disse Rita a jornalistas, após cerimônia de sanção da lei que recria o Minha Casa, Minha Vida.
“Não existe absolutamente nada de concreto com relação a isso. Não houve nenhuma conversa sobre essa possibilidade. O que nós temos visto, de fato, é uma especulação muito grande da imprensa, que não envolve só meu nome, são vários nomes. Quero dizer que acho isso muito ruim porque me parece que o objetivo disso é criar uma instabilidade no governo. E, com isso, paralisar o governo quando você tem esse grau de especulação”, completou a presidente da Caixa.
Durante a cerimônia do Minha Casa, Minha Vida, Rita recebeu o apoio de movimentos populares que estiveram presentes no Planalto. A presidente foi recebida com gritos de “Rita fica” e foi elogiada por representantes dos movimentos em seus discursos.
“Precisamos de uma Caixa forte, pública, com prioridade no desenvolvimento social e comandada por pessoas alinhadas com o projeto popular democrático. Por isso, nós reafirmamos que a nossa presidenta é você, Rita Serrano. Pelo compromisso histórico da sua trajetória e, principalmente, por termos certeza do seu compromisso de construir uma instituição sensível às necessidades populares”, defendeu Jéssica Brito, representante do Movimento Camponês Popular, arrancando aplausos da plateia presente no Planalto.
Fonte: Economia