É difícil, mas pode acontecer. Entre cutucões e multidões, apertos e perigos… em meio a raves, festas populares, comícios, o fluxo de pessoas é bastante grande, há riscos de segurança e saúde. Entre os “acidentes” que podem ocorrer está a ruptura de silicone nas mamas. É muito raro de ocorrer, mas é passível de acontecer.
Essa ruptura pode causar dor, inchaço, mudança na forma e no tamanho do seio, endurecimento, sensibilidade ou dor nos seios, infecção, formação de nódulos ou caroços, entre outros sintomas.
O médico e cirurgião plástico Nélio Watanabe Aguilera , médico cirurgião-plástico membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS), responde a todas estas questões e de como se precaver ou agir caso ocorra esta incidência.
De acordo com o médico, a ruptura de implantes mamários pode ser evidente (clinicamente evidente) ou silenciosa (detectável apenas por meio de modalidades de imagem). A maioria das rupturas é silenciosa.
“Os fatores de risco para ruptura incluem força excessiva no tórax, por exemplo, lesão por contusão do cinto de segurança, trauma contuso, compressão durante a obtenção de imagens mamográficas ou contratura capsular grave”, adverte.
Ainda segundo o cirurgião plástico, se a integridade do implante for violada, mas todo o material de preenchimento permanecer confinado no espaço periprotético, a condição é denominada ruptura intracapsular.
“As pacientes podem notar uma leve alteração na consistência ou no formato da mama; na maioria das vezes, entretanto, a ruptura intracapsular é assintomática. A ruptura intracapsular pode produzir alterações sutis nas mamografias e geralmente pode ser diagnosticada por ultrassom ou ressonância magnética. O tratamento consiste na remoção do dispositivo rompido, na evacuação completa de qualquer silicone livre, na capsulectomia e, se desejado pela paciente, na inserção de um novo implante”, comenta.
Quando o silicone dos implantes rompidos se espalha além da cápsula, as pacientes geralmente apresentam sintomas. Pode haver uma mudança no formato da mama, nódulos palpáveis, adenopatia axilar ou alterações inflamatórias da pele sobrejacente causadas pela infiltração de silicone na derme.
A ruptura extracapsular geralmente é evidente na mamografia e facilmente confirmada por ultrassom ou ressonância magnética. A frequência de ruptura extracapsular parece ser baixa nos implantes da geração atual.
“Das várias técnicas de imagem usadas para detectar a ruptura (incluindo mamografia e ultrassom), a ressonância magnética é considerada o padrão ouro de diagnóstico. Dessa forma, diante de qualquer alteração percebida pelo paciente, deve-se procurar o seu cirurgião plástico além das suas consultas de controle regulares após a colocação dos implantes mamários de silicone”, conclui o médico.
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Fonte: Mulher