Vladimir Vladimirovitch Putin, de 71 anos, foi reeleito para mais seis anos como presidente da Rússia, com uma vitória esmagadora de 87,97% dos votos. Os dados, divulgados pela pesquisa de boca de urna e pela comissão eleitoral central russa, revelam também que o comparecimento às urnas atingiu um recorde pós-soviético de 73,3%.
A reeleição de Putin não foi uma surpresa, dado seu alto índice de aprovação de 86%. No entanto, críticos e opositores têm acusado Putin de fraude eleitoral, censura e até mesmo de estar envolvido em assassinatos de líderes da oposição, como o caso de Alexei Navalni (1976-2024).
Apesar do amplo apoio que Putin recebeu de milhões de russos, ele também enfrentou protestos contra seu governo e as políticas de censura que são implementadas na Rússia. Esses protestos, embora não tenham sido suficientes para desafiar sua reeleição, destacam a insatisfação que existe dentro do país.
Além de Putin, outros candidatos participaram das eleições, como o comunista Nikolai Kharitonov, que obteve 4,7% dos votos, o liberal Vladislav Davankov, com 3,6%, e o ultranacionalista Leonid Sluski, com 2,5%.
É importante notar que mesmo sem a suposta fraude, Putin provavelmente teria vencido as eleições, dada sua ampla popularidade. No entanto, o Kremlin foi acusado de adotar medidas repressivas para evitar a participação de opositores no processo eleitoral.
A trajetória de Putin no poder começou em 9 de agosto de 1999, quando foi nomeado primeiro-ministro pelo então presidente Boris Ieltsin. No ano seguinte, Putin assumiu a presidência da Rússia, permanecendo no cargo até 2008, mas mantendo uma influência significativa no governo.
Ele retornou à presidência em 2012 e, se completar seu mandato até 2028, ultrapassará os 29 anos de ditadura soviética liderada por Josef Stálin (1878-1953), tornando-se o líder mais longevo da Rússia moderna.
O mandato de Putin vai até 2030, podendo disputar à reeleição para mais seis anos de governo.
Fonte: Internacional