Saiba quais são as melhores cidades brasileiras para ter filhos

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João Caetano, CEO da Mapfry, responsável pelo levantamento
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João Caetano, CEO da Mapfry, responsável pelo levantamento

A Mapfry, uma startup de dados que faz pesquisas com foco em geolocalização, usando IBGE como fonte principal, acaba de apresentar o Ranking Melhores Cidades Brasileiras para ter Filhos, como resposta ao último dado do IBGE, que mostrou que o país apresentou a menor natalidade no país desde 1977.

A empresa realiza estudos demográficos e constrói bancos de dados usando fontes oficiais, como o IBGE, de parâmetro. Para fazer o levantamento, foi usada a técnica chamada Analise de Componentes Principais, usando o nascimento de crianças como norte. “Nós não queríamos nos basear apenas no nascimento, mas na qualidade de vida”, explica João Caetano, CEO da Mapfry e professor de geomarketing nos MBAs da USP e da ESPM.

“Em busca do peso qualitativo, eriamos um indicador econômico, outro de desenvolvimento e analisamos os dados dos 5570 municípios do país”, explica João. No top 10 da lista estão as cidades de Nova Lima, em Minas Gerais, Bady Bassitt, em São Paulo, Santana do Parnaíba, em São Paulo, Abadia de Goiás, em Goiânia, Barra Velha, em Santa Catarina, Goiânia, em Goiás, Itapoã, em Santa Catarina, Cedral, em São Paulo, São Caetano do Sul, em São Paulo e Itapema, em Santa Catarina.

As cidades que estão no topo são próximas de metrópoles, mas mantém qualidades de municípios menores. “Entregam o melhor dos dois mundos”, avalia João Caetano. Em Guarulhos, por exemplo, na região da Grande São Paulo, moradores demonstraram mais otimismo na ideia de ter filhos. É um lugar que está perto da Capital, que oferece moradia a preços acessíveis e serviços públicos a contento.

Ranking aponta as melhores cidades do Brasil para se criar filhos
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Ranking aponta as melhores cidades do Brasil para se criar filhos

Segundo o executivo, as melhores cidades para ter filhos serão impactadas pelo aumento da população e isso trará diferentes reflexos econômicos. “É uma nova geografia, esses lugares vão ter de crescer mais. São cidades médias e isso tende a desafogar as metrópoles”, diz.

O despertar das cidades dormitórios, fenômenos que despontou na pandemia, quando muitas pessoas se mudaram para áreas próximas das regiões metropolitanas para enfrentar o isolamento, ao que tudo indica, prosperou. Essas migrações se mantiveram no pós-pandemia e esses lugares prosperaram. “Seria inviável ou muito difícil as pessoas que se mudaram estarem trabalhando nas metrópoles. Essas pessoas estão em home office”, analisa.

No debate de gênero, esse trabalho remoto possibilita o cenário em que casais escolham viver nas cidades orbitais. “Políticas públicas em que o governo dá berços e fraldas a casais não incentivam a natalidade, já vimos esses casos no exterior. Mas onde a família se desenvolve, surge o espaço para crianças”, diz João Caetano.

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Fonte: Mulher

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