Nesta quinta-feira (13), é celebrado o dia de Santo Antônio, um dos santos mais populares da Igreja Católica. Santo Antônio, natural de Lisboa, Portugal, nasceu em 15 de agosto de 1195 e ficou conhecido como Santo Antônio de Pádua devido ao seu falecimento na cidade italiana no dia 13 de junho de 1231. Seu nome de batismo era Fernando Bulhões. Após ingressar na Ordem dos Frades Menores, adotou o nome de Frei Antônio.
Embora sua história não inclua celebrações de casamentos ou sermões sobre matrimônio, ele se tornou famoso por ajudar mulheres a encontrar um marido, ganhando a reputação de “Santo Casamenteiro”. Esta fama, aliada à sua popularidade, fez dele um dos santos mais queridos e venerados no Brasil.
Frei Edgar Alves, OFM, Pároco da Paróquia e Santuário Santo Antônio, da Asa Sul, explica que a origem do título de casamenteiro iniciou ainda com Frei Antônio vivo. Ele teria ganhado a reputação de auxiliar moças humildes que necessitavam de dote para se casar, uma tradição comum na época. Uma das histórias mais famosas que contribuíram para sua fama envolve um casal apaixonado que o santo conheceu na Itália.
“A mulher não tinha meios para pagar o dote, então ele recorreu a um homem rico para pedir ajuda. O homem, em tom de desafio, disse que ajudaria conforme o peso de uma pena. Quando Santo Antônio colocou a pena de pássaro em um lado da balança, o homem precisou colocar o valor exato do dote no outro lado para equilibrar a balança. Essa história ficou muito famosa, e com isso ele ganhou a fama de ajudar em casamentos”, explica Frei Edgar.
As simpatias para encontrar um amor são inúmeras e variadas. Entre as mais famosas estão a de retirar o Menino Jesus do colo da imagem do santo e prometê-lo devolver apenas quando encontrar um companheiro, ou virar a imagem de Santo Antônio de cabeça para baixo até que o pedido seja atendido. Estas práticas demonstram a profunda devoção dos brasileiros e a crença nos poderes de Santo Antônio para interceder em questões amorosas.
“A igreja vê essas práticas de virar o santo de cabeça pra baixo como um ato exterior, e apesar de não ser pecado, não é necessário fazer isso. O importante é rezar, pedir a intercessão do santo e confiar. Santo Antônio pede a Jesus, e Jesus realiza a graça. Essa é a sequência correta,” explica Frei Edgar Alves.
Outros títulos
Além de ser o santo casamenteiro, Santo Antônio é também o padroeiro dos pobres, das mulheres estéreis, dos viajantes, dos pedreiros e dos padeiros. Frei Edgar Alves explica que esta fama decorre da vida do santo, que sempre foi muito próximo dos excluídos. “Santo Antônio, quando estava vivo, tinha bons relacionamentos com esses grupos marginalizados. Na Idade Média, essas pessoas eram discriminadas pelas suas posições sociais, e Santo Antônio sempre defendeu os pobres e os doentes, aqueles mais afastados da sociedade,” comenta Frei Edgar.
Santo Antônio foi ordenado no ano 1220, onde ingressou na Ordem dos Frades Menores, quando recebeu o hábito franciscano, no Convento de Olivas, em Coimbra, com o nome de Frei Antônio. A ordem fundada por São Francisco é tradicionalmente conhecida pelas suas ações em auxílio dos mais necessitados.
Tradição do pão
A tradição dos pães de Santo Antônio também está ligada aos seus milagres e à proximidade que sempre teve com as classes mais humildes. Até hoje, na devoção popular, os “pãezinhos de Santo Antônio” são colocados pelos fiéis em recipientes de arroz e outros alimentos, com a fé de que nunca lhes faltará o que comer. Durante as celebrações em comemoração ao dia do santo, as paróquias costumam distribuir pães para os fiéis, mantendo viva essa tradição.
Onde celebrar
Paróquia e Santuário Santo Antônio – 911 Sul
13/06 – Missas das 6 às 20h, as missas são de hora em hora, totalizando 15 missas.
Às 18h tem barraquinhas
Paróquia Santo Antônio – QNM 29, módulo K, Ceilândia Sul-DF
13/06 – Missas às 9h e às 19h.
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Fonte: Nacional