As mulheres estão presentes na indústria gamer desde a invenção do primeiro videogame, a questão de não serem protagonistas nela é totalmente cultural. Por medo, ou até mesmo sentimento de inferioridade, elas costumam se afastar do cenário para evitar comentários ofensivos e machistas.
Após sofrer diariamente com isso, a streamer Ingrid Paixão decidiu criar um grupo de apoio, o intuito é a união de mulheres gamers do Brasil todo, e criar um espaço para dar mais oportunidades.
“Os homens estão o tempo todo nos desmerecendo, seja pela roupa que vestimos, pelo cabelo, pelas nossas falas, todos sabem que as mulheres não tem tanto privilégio no cenário igual os homens, se existir 4 mulheres no mundo todo que tem a quantidades de views que os maiores streamers homens da twitch, ainda é muito. É bem difícil a vida de uma streamer mulher na plataforma, por que é o tempo todo machismo e desmerecimento em cima da gente.” Contou Baianinha
A gamer tem mais de 220 mil seguidores na plataforma, que é um serviço de streaming de vídeo ao vivo que se concentra em jogos online, incluindo transmissões de competições de esportes eletrônicos.
De acordo com a Forbes, 45% dos gamers são mulheres, mas apenas 5% do total de influenciadores nas principais plataformas são do sexo feminino. Outro dado que mostra a disparidade entre homens e mulheres foi levantado pela MoreYellow e aponta que apenas 3% dos influencers mais bem pagos da Twitch são mulheres.
“Eu sempre fui muito viciada e amante de jogos online, por conta do meu pai sempre gostar bastante de games, isso acabou entrando na minha cultura diária desde os meus 6 anos de idade. Nunca vou desistir do meu sonho, mesmo com comentários machistas e maldosos, e quero que outras mulheres se sintam assim também, por isso decidimos criar esse grupo, que será lançado no próximo mês de maio, quero que as mulheres se unam cada vez mais, é muito importante que as mulheres se apoiem, se unam, e não se afastem das plataformas, juntas somos mais fortes sempre, acredito muito que um dia isso vai mudar e vai deixar de ser um cenário dominado por homens”, finalizou Ingrid.
Fonte: Mulher