De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), o consumo de suplementos alimentares no Brasil aumentou 10% em cinco anos. Segundo o IBGE mais de 19% da população brasileira, entre adolescentes, adultos e idosos, consomem pelo menos um suplemento alimentar. A ingestão desses produtos aumenta com a idade e, também, é maior entre as mulheres.
Nos últimos anos cerca de 72% dos brasileiros aumentaram os cuidados com a alimentação e das pessoas que consomem os suplementos alimentares, 85% utilizam esses produtos buscando benefícios para a saúde, enquanto 69% deles também combinam esse consumo à prática de atividades físicas.
O uso desses produtos não deve ser feito de maneira aleatória ou sem o devido acompanhamento médico. Esse tipo de complemento é recomendado em casos específicos como gestação, amamentação, para veganos, aqueles que praticam exercícios, pessoas com deficiências nutricionais (identificadas por um profissional) e idosos com senilidade.
Alguns tipos de suplementação são mais consumidos e por isso se tornaram mais conhecidos do público, como os multivitamínicos, vitamina D, cálcio, ômega-3, ferro e ácido fólico. Já o whey protein, creatina e BCAA são os mais procurados por quem frequenta academia ou realiza atividades físicas regularmente.
Quem não pratica atividade física também pode suplementar, apesar de ser mais indicado para quem deseja potencializar os resultados de um treino: “Quem toma whey protein, por exemplo, vai ter uma ajuda na recuperação muscular pós-exercício. No caso do BCCA a ajuda é para reduzir a fadiga muscular, enquanto a creatina aumenta a força, potência e o desempenho durante os treinos de alta intensidade”, afirma Sylvia Ramuth, Diretora Técnica do Emagrecentro.
“Multivitamínicos, ômega-3 e probióticos são benéficos para a saúde em geral e podem ser úteis mesmo para pessoas que não praticam exercícios físicos regularmente. Eles ajudam a preencher lacunas na dieta e atuam como parte de um estilo de vida saudável e equilibrado. No entanto, é importante ter em mente que não se deve substituir uma dieta equilibrada e um estilo de vida ativo”, ressalta a médica.
Suplementos para Idosos
Ao falar da terceira idade, Sylvia ainda explica que muitos possuem deficiência de vitamina D devido a uma menor exposição ao sol e a uma diminuição na capacidade de produzir essa substância na pele. A suplementação dessa substância pode ser recomendada para promover a saúde óssea, muscular e imunológica. Já o uso de cálcio ajuda a prevenir a perda óssea e a manter a densidade mineral, pois muitos idosos podem ser mais propícios à osteoporose e fraturas.
“A absorção de vitamina B12 pode diminuir com a idade, especialmente em pessoas com problemas de saúde digestiva. O uso desse componente pode prevenir deficiências causadoras de anemia e problemas neurológicos. Por fim, a suplementação de ômega-3 pode ser benéfica para os mais velhos, especialmente aqueles que não consomem regularmente peixes ricos nesse ácido graxo”, complementa Sylvia.
Contra-indicações
Pessoas com distúrbios renais devem evitar produtos com potássio ou cálcio em sua composição. Aqueles que apresentam alergias ou sensibilidade a certos ingredientes comumente como laticínios, soja, glúten, mariscos e outros, também devem evitar. Quem utiliza anticoagulante não deve ingerir produtos com vitamina K, pois podem interferir na medicação. “São pontos de atenção que devem ser levados em consideração para que algo benéfico não seja prejudicial à saúde”, finaliza Sylvia.
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Fonte: Mulher