Supremo Tribunal Federal amplia emprego de Inteligência Artificial

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Servidores da Assessoria de Inteligência Artificial (AIA) trabalham para incorporar novas funcionalidades ao robô VitórIA

Foto: Divulgação

O lançamento da ferramenta de Inteligência Artificial (IA) VitórIA pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, no dia 17 de maio, representa mais um passo no sentido de qualificar os serviços jurisdicionais a partir do uso da tecnologia. Outras funcionalidades para o robô já estão sendo testadas pelas equipes de servidores do Tribunal, responsáveis pelo projeto.

Caçula da família de ferramentas de IA desenvolvidas pelo STF, como o Victor e a RAFA 2030, VitórIA agrupa processos por similaridade de temas, mas poderá em breve ser utilizada em outras etapas da tramitação. Incorporada à plataforma STF Digital, que abriga o acervo e funciona como porta de entrada tecnológica do Tribunal, ela hoje tem capacidade para agregar automaticamente em torno de 5 mil processos em cerca de 2 minutos. Até então, esse trabalho era feito manualmente.

Esse desempenho, alcançado em oito meses de trabalho, é motivo de orgulho para todos que participaram do projeto. “Se hoje a VitórIA agrupa os processos por similaridade de texto, daqui a pouco será capaz de fazê-lo por meio de palavras-chaves e outros tipos de metadados”, afirma Paulo Henrique Moreira, analista de AIA e uma das cabeças por trás do desenvolvimento da ferramenta.

Euler Rodrigues de Alencar, também assessor da AIA, acompanhou as fases de testes e de validação da ferramenta. Depois de muitas idas e vindas para aperfeiçoamento do robô, chegou-se ao final do processo, com a incorporação da VitórIA ao STF Digital.

Para o técnico judiciário Alexandre Ferreira de Menezes, da AIA, o grande desafio foi conseguir desenvolver um processo de automação e integração ao sistema do STF em tão pouco tempo e com equipe reduzida. “É gratificante saber que, em curto período, entregamos uma solução de grande impacto”, comemora ele, um dos responsáveis pelo monitoramento e desenvolvimento de novas funcionalidades para a VitórIA.

Outro membro da equipe da AIA, o analista judiciário Lucas Freitas atuou no projeto a partir dos seus conhecimentos de estatística e matemática. Contribuiu, por exemplo, na criação do código fonte do agrupador. Orgulho é a palavra utilizada por ele ao se referir ao projeto do robô VitórIA, que representa mais um avanço do STF no uso de novas tecnologias. O objetivo final, segundo resumiu a ministra Rosa Weber ao lançar a VitórIA, é criar mecanismos que possibilitem a “entrega de uma prestação jurisdicional qualificada, célere e que de fato atenda a aspiração da sociedade”.

WH//CF

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