Suspeitos de matar médicos eram monitorados pela polícia há meses

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Carro utilizado na execução dos médicos no Rio de Janeiro já teria sido usado em outros assassinatos na região
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Carro utilizado na execução dos médicos no Rio de Janeiro já teria sido usado em outros assassinatos na região

Os principais suspeitos de participar do assassinato dos três médicos que estavam em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, estavam sendo monitorados pela força-tarefa da Polícia Civil há meses.

Os corpos de dois desses suspeitos foram localizados na noite dessa quinta-feira (5) dentro de dois carros, são eles: Philip Motta Pereira, o Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan.

Investigações apontam que um Fiat Pulse branco — igual ao que foi usado para a execução dos médicos — já havia sido utilizado em outros assassinatos na região. A Delegacia de Homicídios (DH) já tentava localizar um carro da mesma cor e modelo.

Alguns desses criminosos faziam parte da milícia da Gardênia Azul, que dominou a região por três décadas. Todos eram liderados por Lesk. Em uma aliança com traficantes do Complexo da Penha, em dezembro do ano passado, eles deram um golpe e se aliaram ao Comando Vermelho na favela.

Com isso, uma série de assassinatos foram registrados, principalmente na área da Araticum.

O grupo era chamado de Equipe Sombra e era alvo da Polícia Civil para combater o embate com milicianos na região, que acontece há quase um ano. Entre os alvos da força-tarefa policial estava o braço direito de Lesk, Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, conhecido como BMW.

Ele é o suspeito de aparecer falando na gravação obtida pela polícia que indica a possibilidade de confusão de identidade envolvendo um dos médicos, Perseu Ribeiro Almeida, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa.

A investigação aponta que o ataque pode estar relacionado a uma disputa territorial entre milicianos e traficantes na região. Um aliado de Lesk, Luís Paulo Aragão Furtado, conhecido como Vin Diesel, foi morto em 16 de setembro, e Taillon é apontado como o responsável.

Dessa forma, a investigação trabalha com a possibilidade de as vítimas terem sido mortas por engano.

O caso

Um ataque a tiros deixou três médicos mortos na madrugada dessa quinta. Além dos três que morreram, um quarto médico foi baleado, sobreviveu e está hospitalizado.

Dentre os mortos, está Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Além dele, também foram assassinados Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida.

Fonte: Nacional

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