Com protocolo ‘Não é não’, que visa prevenir o assédio em ambientes, como casas noturnas, boates, casas de espetáculos musicais e shows a Sympla firmou uma parceria estratégica com a Livre de Assédio para orientar a produção de eventos sobre como lidar com este tema, contribuindo para a redução de casos de assédio nesses ambientes.
Para isso foi criada a cartilha “Seu evento em dia com o protocolo ‘Não é não’: como se preparar?”. A ideia é fornecer suporte aos organizadores de eventos para que possam se adequar à nova legislação, já que o material digital oferece orientações práticas de como planejar e preparar o evento para a aplicação dos protocolos exigidos em lei.
O documento produzido pela Sympla e a Livre de Assédio reforça o conceito do que é assédio e aborda o problema social dentro do contexto dos eventos. Além disso, ela oferece direcionamento sobre como lidar com a questão em diversos níveis, apresentando caminhos de prevenção e combate, como ações de acolhimento com pessoas preparadas para auxiliar as pessoas que sofreram alguma violação em seus direitos de cidadão.
Segundo Bruna Milet, CMO da Sympla, a cartilha visa ajudar a modificar as estatísticas, uma vez que, de acordo com a pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher”, 63% das paulistanas já foram vítimas de algum tipo de assédio.
“Entendemos que, por sermos a maior plataforma de eventos do Brasil, com presença em todo o país, temos a responsabilidade de ser uma influência positiva em nosso ecossistema. São mais de 336 mil produtores de eventos parceiros e a iniciativa vai além, pois o material estará disponível gratuitamente para todos os interessados. Além de contribuir para a segurança das mulheres em eventos, a cartilha reforça o nosso compromisso de abastecer os produtores de eventos de informações e de conteúdo para que possam sempre produzir a melhor experiência possível”, explica.
Como acessar a cartilha:
O material será disponibilizado gratuitamente pela Sympla por meio deste link. Para acessar, as pessoas interessadas só precisam preencher algumas informações, como nome e e-mail, para receber imediatamente em sua caixa de entrada.
A relevância da nova lei torna-se ainda mais evidente quando consideramos o contexto brasileiro e os dados relacionados ao assédio e à violência de gênero:
● Mulheres negras foram as principais vítimas de importunação sexual em 2023 no Rio de Janeiro, segundo a Casa Fluminense;
● 77% das mulheres brasileiras têm medo de se deslocar pelas cidades devido à violência de gênero, de acordo com o Instituto Patrícia Galvão;
● Pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher” aponta que 63% das paulistanas já sofreram algum tipo de assédio;
● Adolescentes e mulheres inconscientes são as maiores vítimas de estupro no Carnaval de São Paulo;
● 66% das mulheres já sofreram assédio em bares e baladas, segundo “Pesquisa Bares em Assédio”;
● 89% das mulheres não denunciou o assédio em algum evento, por acharem que não seriam acolhidas, segundo “Pesquisa Bares em Assédio”.
Fonte: Mulher