Tacla Duran consegue habeas corpus para depor à Câmara

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Tacla Duran vai participar de audiência na Câmara
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Tacla Duran vai participar de audiência na Câmara


Rodrigo Tacla Duran conseguiu nesta terça-feira (6) um salvo-conduto temporário para que possa participar de uma audiência na Câmara sem que corra risco de preso. A liberação para que o advogado possa viajar até Brasília foi dada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.

Tacla Duran é protagonista de uma briga política entre apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os defensores da Lava Jato. O advogado, que é réu na operação, acusa membros da força-tarefa de terem o extorquido na negociação do acordo de colaboração.

A audiência, que ele participará na Câmara no dia 19 de junho, foi solicitada pela Comissão de Administração e Serviço Público. O evento irá debater as supostas acusações de extorsão na Lava Jato.

“Diante das tratativas mantidas pela Câmara dos Deputados com o depoente para que lhe seja assegurada ‘imunidade’, a fim de que possa esclarecer as denúncias em apreço ao parlamento, penso que não há outra alternativa senão a concessão de salvo-conduto para esta finalidade”, diz Toffoli no documento.

“Isso posto, concedo cautelarmente habeas corpus preventivo (salvo-conduto) ao requerente, nos termos do disposto no art. 654, § 2º, do Código de Processo Penal, apenas para que possa ingressar no país e prestar os devidos esclarecimentos ao Congresso Nacional”, acrescentou.

Tacla Duran e a Lava Jato

O advogado passou a ser investigado pela Lava Jato em 2016, pois foi acusado por delatores de ser o operador financeiro de empreiteiras. A PF conseguiu uma quebra de sigilo que mostrou que o escritório de advocacia de Tacla Duran recebeu de construtoras mais de R$ 50 milhões entre 2011 e 2013.

Sergio Moro então decidiu decretar a prisão dele em 2016, quando ocorria a 36ª fase da operação. Ele ficou um tempo preso na Espanha, mas conseguiu ser solto e sua extradição ao Brasil não foi aceita, porque o advogado tem cidadania espanhola.

Recentemente, o Supremo tomou decisões que paralisaram os inquéritos contra o advogado.


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Fonte: Nacional

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