Tem armadilhas no arcabouço

 O Novo Arcabouço Fiscal é uma regra criada para substituir a Emenda Constitucional 95/2016 (EC95), conhecida como a PEC do congelamento dos gastos. Esse novo regime fiscal, instituído pela Lei Complementar 200, de 2023, decorre do compromisso firmado pelo governo quando da aprovação da PEC da transição (PEC 32/2022), em dezembro de 2022. Esse novo regramento foi aprovado por uma maioria muito significativa e surpreendente. Foram mais de 370 votos dos deputados e de 55 votos dos senadores, o que pode ser explicado pelo fato de que essa regra mantém a lógica de limitação de gastos, que foi inaugurada pela EC95, diferenciando-se desta pela ampliação dos limites, já que agora prevê que os gastos podem crescer acima da inflação.

A EC95 interrompeu um ciclo de crescimento dos gastos orientado pela necessidade de ampliação das políticas públicas, como determina a Constituição Federal de 1988, e estabeleceu que os gastos primários só poderiam ser corrigidos pelo índice de inflação do ano anterior. De fato, isso significa uma redução de gastos, pois a população e as necessidades de políticas públicas crescem acima do índice de inflação.De acordo com o novo regime, os gastos poderão crescer até 70% do crescimento da arrecadação tributária, mas esse crescimento não pode ser superior a 2,5% acima da inflação.

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No Roda Viva, Arthur Lira diz que Câmara dos Deputados votará arcabouço fiscal até 31 de agosto

O Roda Viva recebeu nesta segunda-feira (31) o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.

No programa, o deputado respondeu sobre o arcabouço fiscal. A medida, que apresenta um conjunto de regras para o controle das contas públicas, foi aprovada pelo Senado Federal com mudanças. Com isso, volta à Câmara dos Deputados para uma nova votação.

Algumas das alterações da proposta aprovada foram a retirada dos limites da norma do Fundo Constitucional do DF, assim como o Fundeb e investimentos na área da ciência

O novo arcabouço fiscal tem como objetivo estabelecer um piso para crescimento dos gastos públicos. A ideia é que eles cresçam condicionados ao aumento da receita do Estado.

“O texto foi construído por várias mãos, com negociação, vendo os limites de cada um. O arcabouço é um avanço. Durante a transição, nós fizemos um acordo, na presença do ministro Haddad (Fazenda), para garantir um texto que seguisse a Lei do Teto de Gastos, a Responsabilidade Fiscal. O Senado tem o direito de modificar o que quiser, nós não tivemos um ajuste maior”, afirma.

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Presidente do Coongresso Nacional defende rapidez na votação das novas regras fiscais do governo

Pouco antes de o governo apresentar sua proposta de um novo arcabouço fiscal para o país, o presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, defendeu rapidez na análise e na votação do projeto do Executivo, para ajudar no equilíbrio das contas públicas. A proposta do governo Lula deve chegar ao Parlamento ainda nesta terça-feira (18).

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Haddad deve apresentar novo arcabouço fiscal ao Congresso na quarta

O projeto de lei com o novo arcabouço fiscal poderá sair nesta quarta-feira (5), informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, as equipes técnicas dos ministérios da Fazenda e do Planejamento estão trabalhando para concluir o texto ainda esta semana. Caso não seja possível, o projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional na próxima segunda-feira (10).

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