Deepfakes e democracia: O desafio da manipulação audiovisual nas eleições

Na última terça-feira (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou novas regras para as eleições municipais de 2024, incluindo medidas sobre o uso de Inteligência Artificial (IA) nas campanhas. As regras exigem a identificação de conteúdos manipulados por IA, limitam o uso de chatbots e avatares na comunicação da campanha e proíbem o uso de deepfake. Carolina Jatobá, professora de Direito Digital do Centro Universitário de Brasília (CEUB) explica que a relação entre tecnologia e democracia sempre foi complexa, mas com o avanço da inteligência artificial (IA) e sua capacidade de criar deepfakes, essa relação atingiu um novo patamar de desafios.

Leia mais

Pílula do Dia Seguinte: Pesquisa aponta uso exacerbado do medicamento com riscos e falta de informação entre jovens

Tabus e dúvidas surgem quando o assunto é o uso da pílula do dia seguinte. Estudantes de Enfermagem do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Daniela Diniz e Isabela do Carmo realizaram pesquisa sobre o uso indiscriminado de pílulas contraceptivas de emergência entre estudantes universitárias, apontando os riscos associados à prática frequente do seu uso e a falta de informação. Os resultados enfatizam a importância de ações educacionais sobre o uso criterioso da contracepção de emergência, promovendo uma abordagem mais consciente em relação à saúde sexual e reprodutiva.

A pesquisa analisou a frequência do uso de contraceptivos orais de emergência por 120 universitárias, entre 18 e 25 anos e os motivos por trás dessa escolha. Dos dados coletados, 27% das entrevistadas admitiram ter utilizado a pílula do dia seguinte, no mínimo uma ou duas vezes no período de 12 meses. Destas, 84% fizeram uso do medicamento dentro das primeiras 24 horas após uma relação sexual desprotegida, sendo que 65% delas relataram alterações em seus ciclos menstruais após o uso e efeitos colaterais.

Como razão para prevenir a gravidez após o envolvimento em relações sexuais desprotegidas, 66,5% das estudantes afirmaram recorrer aos contraceptivos de emergência com frequência. Em relação ao acesso, os dados indicam que tanto a pesquisa online quanto a recomendação dos contraceptivos por familiares representam a maioria, compreendendo 35,2% das respostas, seguidos por 27,2% que adquiriram o contraceptivo por iniciativa própria. Apenas 1,13% das mulheres obtiveram o método mediante prescrição médica, segundo os resultados analisados.

“Percebemos uma lacuna na orientação profissional sobre o uso frequente de anticoncepcionais de emergência entre jovens universitárias. Há uma clara carência de conhecimento embasado e confiável sobre os riscos associados ao uso frequente dos métodos contraceptivos de emergência”, afirmam Daniela e Isabela, que sugerem a implementação de estratégias de educação em saúde a fim de reduzir as gestações não planejadas e os riscos decorrentes do uso corriqueiro da contracepção de emergência.

Leia mais

“Quem não lê espera ajuda!”, alerta pedagoga do CEUB sobre 9,6 milhões de brasileiros analfabetos

14 de novembro marca o Dia Nacional da Alfabetização no Brasil. Para celebrar a data com efetividade, a docente do curso de Pedagogia do Centro Universitário de Brasília (CEUB) Ana Gabriella Sardinha indica soluções para aumentar o desempenho da educação básica no país, com iniciativas de informação e busca ativa. A pedagoga provoca educadores, governantes e a sociedade civil a refletirem sobre o analfabetismo e a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial.

“A alfabetização de adultos e idosos amplia as oportunidades, sejam elas educacionais ou profissionais. Amplia as possibilidades de se viver em sociedade com autonomia e liberdade. Quem não lê espera ajuda!”, destaca. Para combater as desigualdades, a docente do CEUB defende priorizar a oferta de educação para as classes populares, os pardos e negros, as mulheres, o idosos e os que passam por privação de liberdade. Segundo Ana Gabriella, cada estudante seja acolhido por instituições de ensino próximas às suas residências ou trabalho.

Sobre o acesso ao ensino básico de qualidade no país, Ana Gabriella explica que, no Brasil, o conceito qualitativo se divide em sete dimensões: ambiente educativo, prática pedagógica, avaliação, gestão escolar democrática, formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, espaço físico escolar e, por fim, acesso, permanência e sucesso na escola. “Ainda não estamos com bons resultados nos índices nacionais e internacionais, mas já conseguimos organizar e corrigir nossas rotas,” detalha a educadora.

Leia mais

Israel-Palestina: Luciano Muñoz, especialista em Relações Internacionais, avalia conflito no Oriente Médio

O mundo acompanha os desdobramentos da guerra entre Israel e Palestina, que envolve questões territoriais, religiosas e políticas, tornando-a incrivelmente complexa. O professor de Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Luciano Muñoz detalha as origens do conflito e a escalada de violência. Apesar dos protestos contra tentativas de reduzir o poder do Judiciário em Israel, segundo o especialista, as divisões internas tendem a ser temporariamente suspensas à medida que a população se une contra as ameaças do Hamas.

De acordo com Muñoz, o conflito remonta a 1948, quando as nações árabes vizinhas invadiram o recém-declarado estado de Israel. A história da região também é marcada pelos Acordos de Oslo de 1993. “Esses acordos foram destinados a estabelecer a paz entre Israel e Palestina e a criar um estado palestino. Eles levaram ao reconhecimento da OLP como parceiro legítimo para negociações internacionais”. No entanto, em 2006, uma divisão interna na Palestina surgiu, com o Fatah controlando a Cisjordânia e o Hamas assumindo o controle da Faixa de Gaza. Isso resultou em dois governos palestinos com agendas e visões diferentes.

Sobre a escalada de violência, Muñoz analisa as ações recentes e ressalta que as narrativas conflitantes tornam difícil apontar um único responsável pelo início do conflito atual. “O Hamas, considerado um grupo terrorista por alguns países, lançou ataques com foguetes contra Israel, alegando que a Faixa de Gaza sofre sob um bloqueio prolongado. Em resposta, Israel realizou bombardeios, mas a população civil está sofrendo em ambos os lados”, detalha.

O professor destaca a importância do apoio internacional nesse cenário, uma vez que Israel é apoiado pelos Estados Unidos e nações ocidentais, enquanto os palestinos contam apenas com o respaldo dos países árabes, embora haja divergências entre eles. “O papel dos mediadores, será fundamental na busca de uma solução pacífica, como o Egito, talvez a Turquia, a Jordânia, a Arábia Saudita”, aponta o docente do CEUB.

Perspectiva Futura
Neste momento, a preocupação em Israel é a liderança do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, que é o premiê mais longevo da história do país. Em 2022, uma coalizão de partidos foi formada na tentativa de tirá-lo do poder, mas ele retornou. “O país tem sido palco de intensos debates, já que Netanyahu busca aprovar reformas que diminuiriam o poder da Suprema Corte de Israel. Isso levou a manifestações e questionamentos sobre a democracia em Israel, gerando uma divisão interna significativa”, frisa.

Leia mais

Lula nos Estados Unidos: especialista do CEUB avalia encontro do presidente brasileiro com lideranças nos EUA

Luciano Muñoz comenta os possíveis frutos da visita do atual governo ao poder americano Foto: Divulgação O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recebeu, na última sexta-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Branca, em Washington. O primeiro encontro entre os dois chefes de Estado foi pautado na Guerra entre Rússia […]

Leia mais