Conselheiro do Esporte Clube Bahia propõe tornar presidente da CBF Ednaldo Rodrigues persona non grata pelo Esquadrão de Aço
Na condição de Conselheiro, Sócio Centenário e Benemérito, vou enviar ao Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia uma proposição para tornar o Sr. Ednaldo Rodrigues persona non grata pelo Esquadrão de Aço. Na última sexta-feira, 25 de agosto, o presidente da CBF – que na crônica esportiva já foi chamada de Casa Bandida do Futebol — cometeu um tríplice atentado contra o futebol brasileiro, a Bahia e ao Esporte Clube Bahia, retirando da nossa agremiação, fundada em 1931, a primazia de ter sido o primeiro campeão brasileiro, em 1959. Campeão, sim! Primeiro campeonato organizado pela então CBD — Confederação Brasileira de Desportos — por imposição da Comebol, para que se definisse o representante brasileiro na primeira Copa Libertadores das Américas, em 1960. Esta é a história, e o resto é uma canja de galinha muito gorda. O Sr. Ednaldo, torcedor proativo do Esporte Clube Vitória, cedeu (sic) ao argumento espúrio do clube mineiro, que advogava ter sido o primeiro campeão do Brasil em 1971. Como perdeu esse direito, foi buscar num torneio furreca de 1937 — sim, torneio — com três clubes do Rio de Janeiro, e um de São Paulo, Minas e Espírito Santo, sem nenhum clube do Sul, Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Fluminense/RJ e Portuguesa/SP sequer disputaram os respectivos estaduais de 1936, com a Liga da Marinha/RJ de gaiata no navio. Que campeonato nacional é este? Onde está a Nação brasileira representada em um baba que durou um mês, entre 13 de janeiro e 14 de fevereiro de 1937? Quanto o bilionário devedor Atlético/MG depenou-se para surrupiar do Bahia a primazia de primeiro campeão do Brasil? E atentem: um torneio de meia-pataca organizado por uma tal Federação Brasileira de Futebol (FBF), dissidência da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), que é a legítima predecessora da atual CBF. Ou seja: a atual direção da casa, que já foi de Ricardo Teixeira, Marin e Del Nero — todos acusados de corrupção e banidos do futebol — desmerece a sua própria história. E com mais um agravante: o ECB, legítimo campeão baiano de 1936, não foi convidado nem participou. É imperioso que o Ministério Público e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva reponham-na nos trilhos e puna exemplarmente homens minúsculos que atentem contra a dignidade do futebol, sejam em apostas fraudadas, sejam em beijos roubados. Aqui, o Rubiales tupiniquim nos deu o beijo vil da traição.
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