Nunes nega motivação eleitoral em ida a igrejas: “Tem gente que até virou cristão”

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Não há Natal em Belém

“… vendo-se iludido pelos magos, enfureceu-se Herodes e mandou matar todos os meninos de Belém e seus arredores, de dois anos para baixo, conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. Então, se cumpriu o que fora dito por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Ramá, pranto, e grande lamento; era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existiam.” (Mateus, 2:16-18)

Este ano, a Estrela de Belém não brilhará!

Não haverá anjos cantando e anunciando o nascimento do Deus-criança. O Natal em Belém foi cancelado. Na Praça da Manjedoura não há luzes que lembram a Estrela-guia, porque não há alegria em Belém.

O pastor luterano Munther Isaac, da Igreja Evangélica da Natividade, explica o porquê: “Quem pode ter vontade de comemorar se estamos arrasados com as imagens que vemos todos os dias de crianças sendo retiradas dos escombros de Gaza?”

Diferente do menino-Deus que foi salvo da política infanticida de Herodes, crianças, deste ano de 2023, não tiveram a mesma sorte e foram assassinadas por um conflito insano.

Natal é noite de luz, Natal é esperança, Natal é brilho nos olhos, Natal é encontrar Jesus na manjedoura sorrindo para nós e, com seus olhinhos infantis, anunciando que tudo ficará bem.

Em Belém não será assim. Lá, as “Raquéis” palestinas não celebrarão o nascimento de seus pequenos. Elas choram inconsoláveis por seus filhos, porque eles já não existem mais.

A luz da Estrela-guia foi ofuscada pelos mísseis e não guiou os magos do Oriente. Diferente de 2023 anos atrás, hoje, a Estrela-guia ilumina os corpinhos das mais de 10 mil crianças mortas.

Como Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), gostaríamos imensamente de oferecer uma mensagem de Natal bonita e alegre, no entanto, este ano, o Natal nos exige silêncio e oração, porque os mísseis e o barulho das armas competem com o coro celestial dos anjos.

Da cidade de Belém e das terras empoeiradas da Palestina, a mensagem que recebemos é que, desta vez, a violência em forma de guerra não quer que encontremos a pequena criança na Manjedoura.

Não há Natal em Belém!

Que a multidão dos anjos que canta “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na Terra entre todas as pessoas a quem Deus quer Bem” (Lc 2:13,14) seja mais forte que o barulho estridente das armas e console as Raquéis, Marias e Josés sem seus filhos.

Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)

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