NÃO É DAR O PEIXE. É ORGANIZAR A PESCARIA

O Brasil é realmente um país com riquezas naturais imensuráveis. Com vastas áreas de terras férteis e um clima favorável, o país se destaca como um dos maiores produtores de alimentos do mundo. A produção agropecuária brasileira abrange uma ampla variedade de produtos, desde grãos, frutas e legumes até carnes bovinas, suínas, aves e pescados. Todos com grande potencial de crescimento.

No entanto, é no setor pesqueiro e aquícola que o Brasil possui um potencial de crescimento ainda maior. Infelizmente, nos últimos quatro anos (2019/2022), o setor ficou praticamente paralisado, sem os investimentos necessários para impulsionar seu desenvolvimento. Durante esse período, nem sequer tínhamos um ministério dedicado exclusivamente à pesca e aquicultura. A atividade foi relegada a uma simples secretaria dentro da pasta da agricultura.

Apesar desses obstáculos vividos e muitos ainda a serem vencidos, o setor pesqueiro brasileiro demonstra um tremendo potencial de crescimento. Avançar nesse rumo é  a grande missão do recriado Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA).

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Ministério da Pesca e Aquicultura lança Prêmio Mulheres das Águas

Estão abertas a partir de hoje até o dia 30 de dezembro as inscrições para o Prêmio Mulheres das Águas. A iniciativa vai homenagear mulheres que se destacaram em atividades relacionadas à pesca e a aquicultura, promovendo valores como sustentabilidade, justiça social, respeito aos territórios pesqueiros e dignidade humana.  

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O objetivo do MPA, explica a coordenadora do prêmio e chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do MPA, Adriana Toledo, é dar visibilidade, reconhecimento e protagonismo às mulheres nos setores pesqueiro e aquícola. “Esperamos que o Prêmio Mulheres das Águas apresente ao país diversas histórias de vida de mulheres guerreiras, e que no próximo 8 de março possamos contar algumas dessas histórias de forma solene”, destaca. 

 Dados recentes divulgados pelo MPA revelaram que o Brasil conta com uma expressiva participação de mulheres na pesca, totalizando 507.896 profissionais no setor. Essas mulheres representam 49% da força de trabalho da atividade. Destacam-se cinco estados brasileiros onde as mulheres são maioria: Maranhão, com 56% de participação feminina na pesca, Pernambuco, com 55%, Sergipe (62%), Bahia e Alagoas (ambos com 58%). 

A secretária nacional de Aquicultura, Tereza Nelma, afirma que o lugar da mulher é onde ela quiser. “Esse prêmio coloca em evidência a importante atuação das mulheres na aquicultura de forma transformadora as suas vidas, de suas famílias e de toda sociedade.” 

Tendo ela própria assumido recentemente a liderança de uma comitiva brasileira num grande fórum de ordenamento pesqueiro internacional, a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa do MPA, Flávia Lucena Frédou, diz que às mulheres estão avançando na atividade, seja na gestão, na pesquisa ou na pesca e aquicultura. “Vemos cada dia mais exemplos de destaques e esperamos que todas essas mulheres se inscrevam para disputar a primeira edição do Prêmio Mulheres das Águas.” 

A mobilização para inscrições conta com a participação ativa de todas as superintendências federais da pesca e aquicultura, além das organizações integrantes do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca (CONAPE), envolvendo também a academia e as mulheres gestoras. 

Serão premiadas sete mulheres, representando as seguintes categorias 

1. Pesca Artesanal em Águas Marinhas; 

2. Pesca Artesanal em Águas Continentais; 

3. Pesca Industrial; 

4. Pesca Amadora e Esportiva; 

5. Aquicultura; 

6. Pesquisa; 

7. Gestão Pública ou Privada.

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