PGR denuncia governador do Acre Gladson Cameli por prejuízo de R$ 11,7 milhões aos cofres públicos e pede afastamento do cargo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira (28), o governador do Acre, Gladson de Lima Cameli (PP), e outras doze pessoas pelos crimes de organização criminosa, corrupção nas modalidades ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitação. Iniciadas em 2019, as práticas ilícitas descritas na denúncia teriam causado prejuízos de quase R$ 11,7 milhões aos cofres públicos. Além da condenação de forma proporcional à participação individual no esquema criminoso, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos pediu o afastamento do governador até o fim da instrução criminal. Somadas, as penas pelos crimes podem ultrapassar 40 anos de reclusão.

A denúncia foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro para processamento de autoridades como governadores, e está restrita a um dos fatos apurados na Operação Ptolomeu: irregularidades envolvendo a contratação fraudulenta da empresa Murano Construções LTDA, que teria recebido R$ 18 milhões dos cofres públicos para a realização de obras de engenharia viária e de edificação. Além do governador, também foram denunciados a mulher de Cameli, dois irmãos do chefe do Poder Executivo, servidores públicos, empresários e pessoas que teriam atuado como “laranjas” no esquema.

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Lula indica Flávio Dino ao STF e Paulo Gonet à PGR

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhou, nesta segunda-feira, 27 de novembro, ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, as indicações de Flávio Dino ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República.

Atual ministro da Justiça e Segurança Pública, o maranhense Flávio Dino tem 55 anos e ampla experiência no setores público e privado. Graduado em direito pela Universidade Federal do Maranhão em 1991 e mestre pela Universidade Federal de Pernambuco em 2001, já atuou como advogado, professor, político e magistrado. Foi eleito senador da República no pleito de 2022 e exerceu os cargos de governador do Maranhão (2015 a 2022), deputado federal (2007 a 2014) e presidente da Embratur (2011 a 2014). Entre 1994 e 2006, ocupou a função de Juiz Federal da 1ª Região e foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil de 2000 a 2002.

Nascido em 16 de agosto de 1961 no Rio de Janeiro, Paulo Gustavo Gonet Branco graduou-se em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982, concluindo mestrado em Direitos Humanos na Universidade de Essex em 1990 e doutorado em Direito, Estado e Constituição na UnB em 2008. Com Gilmar Ferreira Mendes e Inocêncio Mártires Coelho, fundou em 1998, em Brasília, o Instituto Brasiliense de Direito Público, atual Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP). Tem trajetória no Ministério Público Federal desde 1987, atuando como subprocurador-geral da República. Desde julho de 2021, é vice-procurador-geral eleitoral.

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Mudança na PGR apavora bolsonaristas

A escolha do novo Procurador Geral da República (PGR) vem causando pavor no núcleo bolsonarista envolvido nas investigações sobre a venda das joias das arábias. Mas não só.

Muitos outros inquéritos envolvendo ex-membros do governo anterior e ainda as que envolvem transaçoes feitas nos subterrâneos da Caixa Econômica Federal.

As investigações sobre o contrabando de madeira e o garimpo ilegal na amazônia estão avançando e prometem revelações bombasticas nos próximos dias.

E o que a PGR tem a ver com isso?

É o PGR que aprova ou desaprova as operações, seus mandatos de busca e prisões solicitadas pela Polícia Federal e autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal.

Hoje, tanto o PGR quanto a sua vice-procuradora são considerados bolsonaristas e nada justifica para o atual governo, mantê-los nos cargos.

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O ‘marreco’ virou prato principal no STF

Depois de surgir numa gravacão em uma festa junina insinuando a venda de Habeas Corpus pelo ministro Gilmar Mendes, o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) – que é chamado pelos opositores de ‘Marreco do Paraná’ – foi denunciado pela PGR por diversos crimes, pode parar na prisão e até mesmo, perder o mandato.

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PGR denuncia mais 139 pessoas por atos antidemocráticos

No total, 835 investigados foram denunciados ao STF Foto: Marcelo Camargo A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 139 pessoas por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. O relator dos casos é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).   Dos denunciados, 137 foram presos em flagrante dentro do Palácio […]

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