Dino será o substituto de Rosa Weber no STF

Dino é considerado peça chave na condução da crise de 8/1 e à garantia da governablidade do 3º mandato de Lula em situação tão grave. E o petista reconhece o papel do maranhense no episódio.

Mas também tem um informação de bastidor muito importante para entender a escolha de Lula.

Dino foi o primeiro presidente do IDP – O Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa é um centro de excelência no ensino, pesquisa e extensão com sedes em Brasília e São Paulo. Criado há mais de 20 anos, é uma das instituições de ensino superior mais respeitadas do Brasil e tem entre um dos seus fundadores e proprietários o ministro do STF Gilmar Mendes.

Por isso o atual ministro da justiça e ex-governador Flávio Dino é considerado, também, candidatíssimo de Gilmar Mendes. Só para recordar as mais polêmicas decisões do ministro Gilmar, basta lembrar que foi através de uma de suas decisões que o presidente Lula foi preso e da mesma forma, foi com uma canetada sua que Lula foi libertado, dando início ao processo de retorno à política e à vitória nas eleições de 2022.

Portanto ao apadrinar Dino, Gilmar agrega ao pupilo um peso à mais para sua indicação.

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Ministra Rosa Weber vota pela descriminalização do aborto até 12 semanas de gestação

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela descriminalização da interrupção voluntária da gravidez (aborto), nas primeiras 12 semanas de gestação. Ela é a relatora da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que começou a ser julgada na madrugada de hoje (22), em sessão virtual. O julgamento foi suspenso por pedido de destaque do ministro Luís Roberto Barroso, e, com isso, prosseguirá em sessão presencial do Plenário, em data a ser definida.

A discussão sobre a descriminalização do aborto foi provocada no STF pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), autor da ação, e chegou a ser objeto de audiência pública em 2018 convocada pela ministra Rosa Weber. O objetivo era debater o tema com especialistas e representantes de entidades governamentais e da sociedade civil.

Extrema delicadeza

Em voto de 129 páginas, a ministra considera que os artigos 124 e 126 do Código Penal não estão de acordo com a atual Constituição Federal. Na sua avaliação, é desproporcional atribuir pena de detenção de um a quatro anos para a gestante, caso provoque o aborto por conta própria ou autorize alguém a fazê-lo, e também para a pessoa que ajudar ou realizar o procedimento.

A ministra ressalta que o debate jurídico sobre aborto é “sensível e de extrema delicadeza”, pois suscita “convicções de ordem moral, ética, religiosa e jurídica”. Apesar dessas conotações discursivas, porém, Rosa Weber considera que a criminalização do aborto voluntário, com sanção penal à mulher e ao profissional da medicina, “versa questão de direitos, do direito à vida e sua correlação com o direito à saúde e os direitos das mulheres”.

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