O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , afirmou que a bala atirada pelo fuzil AR-15 foi como o “maior mosquito do mundo”. A declaração foi dada a Robert Kennedy Jr., um candidato independente à Casa Branca, durante um telefonema. O empresário foi vítima de um atentado no último sábado (13) e teve ferimentos na orelha direita por causa do tiro.
Trump ainda falou sobre a conversa que teve com o atual mandatário dos EUA e seu adversário nas eleições presidenciais deste ano, o democrata Joe Biden. O ex-presidente classificou o papo com o líder norte-americano como “legal”.
“Foi bem legal, na verdade, ele me ligou e perguntou ‘como você escolheu se virar para a direita?’”, disse Trump, que riu ao relembrar. “Eu disse ‘estava mostrando um gráfico’, não precisava dizer a ele que era sobre todas as pessoas entrando em nosso país, mas disse ‘apenas movi a cabeça para mostrar o gráfico’ e aí algo me acertou, foi como o maior mosquito do mundo. E era uma bala, daquela AR-15, uma arma grande”, disse Trump na ligação com Kennedy.
A conversa entre os candidatos foi vazada nesta terça-feira (16) pelo filho de Robert Kennedy Jr, Bobby Kennedy III. O diálogo aconteceu no domingo (14), um dia após o atentado.
Robert Kennedy Jr. se desculpou pelo vazamento.
“Quando o presidente Trump (sic) me ligou, eu estava gravando com um cinegrafista. Eu deveria ter ordenado a ele que parasse de gravar imediatamente. Estou horrorizado que isso tenha sido publicado. Peço desculpas ao presidente”, escreveu Robert Kennedy Jr. em publicação no X (antigo Twitter).
O ataque
No último sábado, Trump sofreu um ataque a tiros enquanto realizava um comício em Butler, na Pensilvânia, levantando preocupações de segurança em relação às eleições dos Estados Unidos, marcadas para 5 de novembro.
O ex-presidente estava discursando quando os tiros foram ouvidos por volta das 19h (horário de Brasília). Ele levou a mão à orelha direita, abaixou-se e foi cercado por agentes do Serviço Secreto, erguendo o punho direito antes de sair do palco, com o rosto sujo de sangue.
Um atirador subiu em um telhado a menos de 150 metros de onde Trump discursava e começou um tiroteio com um fuzil AR-15, que acabou acertando o republicano na orelha.
O autor dos disparos foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, e foi morto pelo Serviço Secreto dos EUA ainda no local do comício.
O FBI investiga o caso e trata como um possível ato de terrorismo doméstico. A organização acredita que Crooks agiu sozinho.
Leia abaixo a íntegra do informe do FBI em português:
“O FBI está investigando o incidente com tiros no comício de 13 de julho em Butler, Pensilvânia, que resultou na morte de uma vítima e ferimentos no ex-presidente Trump e outros espectadores, como uma tentativa de assassinato e possível terrorismo doméstico.
Embora a investigação até o momento indique que o atirador agiu sozinho, o FBI continua a conduzir atividade investigativa para determinar se houve algum co-conspirador associado a este ataque. No momento, não há preocupações atuais com a segurança pública.
O FBI não identificou um motivo para as ações do atirador, mas estamos trabalhando para determinar a sequência de eventos e os movimentos do atirador antes do tiroteio, coletando e revisando evidências, conduzindo entrevistas e acompanhando todas as pistas. Também obtivemos o telefone do atirador para exame.
O FBI vasculhou a casa e o veículo do atirador para coletar evidências adicionais. Dispositivos suspeitos encontrados em ambos os locais foram tornados seguros por técnicos de bombas e estão sendo avaliados no Laboratório do FBI.
A arma de fogo usada no tiroteio foi comprada legalmente.
O atirador não era conhecido do FBI antes deste incidente.
A investigação do FBI está sendo liderada pelo Pittsburgh Field Office do FBI em coordenação com nossos parceiros locais, estaduais e federais.”
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Fonte: Internacional