Em declaração nesse sábado (3), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que “não será aceito” que a oposição “pretenda usurpar” a Presidência do país. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmou a reeleição de Maduro na última semana para um novo mandato à frente do país. Os resultados, porém, são amplamente questionados por diversos países.
A questão ainda gerou uma onda de protestos contra Maduro, acusando-o de fraude. Apoiadores do mandatário também invadiram as ruas da capital, mostrando apoio ao presidente reeleito.
“Não será aceito, com as leis nacionais, que pretendam usurpar a Presidência novamente”, disse ele em Caracas, durante um comício. Na ocasião, comparou Edmundo González Urrutia, candidato da oposição que alega ter vencido as eleições, com o líder político Juan Guaidó, que foi reconhecido, em 2019, como “presidente interino”.
“Guaidó parte dois, González Urrutia, não vai!”, disse Maduro aos apoiadores. “Eles querem impor novamente a triste história de Guaidó. Guaidó 2.0 (…). Hoje ele estava com medo”, afirmou, em relação à ausência de González Urrutia em um comício comandado por María Corina Machado, líder da oposição.
Guaidó era chefe do parlamento em 2019, quando foi reconhecido como “presidente interino” por Washington e vários governos latino-americanos e europeus após considerarem fraudulenta a reeleição de Maduro um ano antes. Atualmente, ele está exilado nos Estados Unidos.
Na última sexta (2), o CNE oficializou a vitória de Maduro, com 52% dos votos, contra González Urrutia, que obteve 43%, segundo o órgão. As atas das eleições ainda não foram publicadas.
A oposição, no entanto, continua denunciando fraude e diz ter cópia de 80% das atas, que foram publicadas na internet de forma independente. De acordo com esses documentos, González Urrutia alcançou 67% dos votos.
*Em atualização
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Fonte: Internacional