Vínculo do Brasil com a China não impede relação com EUA, diz Padilha

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Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira (14) que a proximidade do governo brasileiro com a China não afeta a relação com os Estados Unidos.

Segundo ele, a política externa brasileira sempre apostou na multilateralidade, especialmente com a postura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi feita na esfera do encontro entre o petista e o presidente chinês, Xi Jinping.

“Nos oito anos em que ele governou o país, ele expandiu o papel multipolar do Brasil sem em nenhum momento afetar qualquer relação com os Estados Unidos. O Brasil expandiu seu comércio exterior para outras regiões do mundo durante os oito anos do presidente Lula, reduziu a dependência do comércio exterior com a economia americana, mas ao mesmo tempo cresceu a relação com a economia americana naquele período”, afirmou Padilha, após participar de encontro com lideranças e CEOs associados da Amcham Brasil (Câmara de Comércio da América), na capital paulista.


De acordo com o ministro, é muito importante, em termos mundiais, que haja atores globais que não estejam restritos a uma certa polarização entre os dois pontos da política e da economia no mundo.

Padilha acrescentou que é bom para todos que o Brasil seja um país bem recebido tanto nos EUA quanto na China, podendo manter agendas de cooperação com ambos.

O presidente brasileiro, que estava em agenda oficial na China com sua equipe ministerial e a primeira-dama Janja, realizou um encontro bilateral com o presidente chinês e assinou atos conjuntos.

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Em seu discurso, Lula destacou a necessidade de intensificar a colaboração entre Brasil e China em áreas como ciência e tecnologia, intercâmbio de estudantes universitários, relações culturais, estratégias de combate às mudanças climáticas, energia limpa e produção de carros e ônibus elétricos.

“Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China “, destacou Lula. “Penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial. Se bem que o interesse comercial é muito importante”, pontuou também na sua fala.

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Fonte: Nacional

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