Volta a trabalho presencial aumenta procura por transporte alternativo

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Bicicletas
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Durante a pandemia , o trabalho 100% remoto era essencial para quem podia exercer sua função de casa, no entanto, muitas empresas vêm retomando o modelo presencial nos últimos anos. Segundo pesquisa realizada pela consultoria PwC, referente ao primeiro semestre de 2023, apenas 9% dos entrevistados estão trabalhando inteiramente à distância e 38% de maneira híbrida. Mais da metade, portanto, precisam ir ao trabalho todos os dias, um número que vem crescendo em cada edição do levantamento — são 53% hoje, contra 47% no estudo anterior.

Essa não é exatamente uma escolha dos trabalhadores, visto que muitos gostariam de atuar de forma híbrida ou remota. Segundo o índice de confiança Robert Half, 74% dos colaboradores possuem essa preferência. Dentre as razões para isso, uma das mais citadas é o problema do trânsito: as pessoas não querem mais perder horas presas em engarrafamentos, que se tornam um desafio conforme mais e mais cidadãos precisam se deslocar para seus locais de trabalho.

O que pode ser feito, então, é reduzir o impacto da perda de tempo com mobilidade no dia a dia, através do uso de transportes alternativos. Isso inclui coletivos, compartilhamento de carros por aplicativos ou caronas, ou modelos mais sustentáveis, como skates, bicicletas e patins.

Victor Cruz, fundador da startup Vela Bikes, afirma que a incorporação desses modais é natural para mobilidade urbana. “Muitos lugares ao redor do mundo têm a bicicleta como um meio de transporte bastante popular, mais do que no Brasil, ainda que o uso esteja aumentando por aqui também”, comenta. “De forma geral, as bikes permitem um transporte mais flexível, econômico e ecológico, benefícios que dialogam com as necessidades de muita gente”.

Um levantamento do Boston Consulting Group confirma essa visão: de mais de 11 mil entrevistados em 10 países, 30% afirmaram que usam bicicleta várias vezes por semana e 20% várias vezes ao mês. Ou seja, metade dos participantes pedalam com frequência.

No Brasil, apesar da média de uso ser mais baixa, não é tanto quanto algumas pessoas podem imaginar. A pesquisa “Ciclismo ao Redor do Mundo”, de 2021, feita pelo Autotempo, mostra que 28% dos brasileiros usam bikes ao menos uma vez por semana.

“Existem algumas dificuldades que impedem a maior adoção da bicicleta como meio de transporte recorrente em algumas cidades do Brasil, como o desafio de enfrentar ladeiras o tempo todo ou percorrer longas distâncias nas capitais”, aponta Victor. “É por isso que as bikes elétricas vem ganhando espaço: elas oferecem diversos benefícios com mais facilidade e praticidade”.

Com isso, é possível notar que o mercado está se preparando para atender as pessoas que precisam de outras opções de mobilidade. “É importante que a população encontre mais e melhores formas de se locomover. Já que o trabalho presencial voltou com tudo, e o número de carros segue aumentando ano após ano, os transportes alternativos estão se mostrando como uma solução tanto para os usuários quanto para o planeta, o que não pode mais ser ignorado”, conclui Victor.

Fonte: Nacional

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